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Orçamento confirma previsão de crescimento de 2,2% para 2018

A economia portuguesa vai abrandar mas mantém-se a crescer acima do patamar dos 2%. A procura interna explica sozinha o crescimento económico. Volta a haver criação de emprego mas numa escala menor.

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A economia deverá crescer 2,2% em 2018, o que se traduz num abrandamento face ao desempenho do PIB esperado para este ano, revela o relatório do Orçamento do Estado entregue esta sexta-feira no Parlamento. A par da desaceleração da economia, o Governo espera criar apenas um terço do emprego gerado em 2017. 

Depois de uma subida do PIB de 2,6% este ano, a economia deverá crescer 2,2% em 2018, um comportamento quase todo apoiado na procura interna (embora em menor dimensão do que em 2017), com a procura externa a dar um contributo nulo para a economia. Apesar do abrandamento, a economia mantém-se a crescer acima do patamar dos 2%.

O consumo privado e o investimento perdem gás. A despesa das famílias deverá crescer perto de 1,9%, depois de subir 2,2% este ano. Já o investimento cresce 5,9% em 2018, depois de uma subida de investimento total da economia de 7,7%. 

O consumo público deverá recuar 0,6%, mais do que a quebra estimada para este ano que é de 0,2%.

Para as exportações está previsto um abrandamento, com as vendas para o exterior a passarem de 8,3% para 5,4%. Esta perda de dinamismo será acompanhada de uma desaceleração das importações.

Criação de emprego cai para um terço no próximo ano

O Executivo prevê que o emprego cresça 0,9% em 2018, o que deverá resultar numa criação líquida de emprego que equivale a cerca de um terço da que se registará em 2017, revela a proposta de Orçamento que deu entrada esta noite no Parlamento.

As projecções do Governo apontam para um crescimento do emprego de 2,7% este ano e de 0,9% em 2018. Isto significa que no próximo ano deverá haver um aumento do emprego em termos líquidos, mas numa dimensão inferior à que está prevista para o conjunto de 2017.

Assim, tendo em conta os dados conhecidos até agora para o emprego (em contas nacionais, um critério mais alargado do que aquele que resulta do inquérito ao emprego), os cálculos do Executivo apontam para uma criação líquida de 125 mil postos de trabalho este ano, que baixa para cerca de 34 mil em 2018. A taxa de desemprego deverá passar de 9,2% para 8,6%, entre 2017 e 2018.

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