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Centeno confia no "forte dinamismo" do investimento e exportações em 2018

Depois do alerta de Marcelo Rebelo de Sousa, Mário Centeno recusou que o Orçamento do Estado para 2018 seja eleitoralista.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Outubro de 2017 às 00:07
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Mário Centeno considera que o Orçamento do Estado para 2018 serve para "preservar e projectar o futuro com confiança para Portugal". O crescimento económico deverá ocorrer, disse, com dois motores.

 

"O crescimento em 2018 será marcado pelo forte dinamismo do investimento e pelo forte dinamismo das exportações. São os dois motores de crescimento da economia portuguesa em 2018", afirmou o ministro das Finanças na conferência de imprensa agendada para as 22:00, mas que começou pelas 0:00: "O bom trabalho não tem horas", justificou.

 

"O PIB em 2018 está projectado que cresça 2,2%", confirmou Centeno, acrescentando que se antecipa "que a taxa de desemprego atinja os 8,6%, mantendo a tendência de queda que temos observado".

 

"As condições no mercado de trabalho são as mais visíveis faces do sucesso económico português. Em 2018, projectamos que emprego continue a crescer, aumento da produtividade do mercado", referiu, falando no documento que foi entregue esta sexta-feira, 13 de Outubro, na Assembleia da República.

 

Num discurso em que falou do passado, Mário Centeno referiu que eventos como a descida das taxas de juro pedidas pelos investidores "são estes eventos que determinam o sucesso financeiro do país e é para estes eventos que a política orçamental deve contribuir". 

Outro indicador avançado pelo governante responsável pela pasta das Finanças foi o défice orçamental, que cairá de 1,4% para 1% do produto interno bruto entre 2017 e 2018, como já noticiado. 

 

Uma das áreas que Mário Centeno frisou na sua intervenção de apresentação do Orçamento do Estado foi a da Administração Pública e as valorizações remuneratórias, frisando no descongelamento de carreiras. Na reposição de salários, assumiu o prazo: "No final de 2019, a reposição salarial estará integralmente satisfeita do ponto de vista da remuneração, do vencimento dos trabalhadores. É um exercício absolutamente essencial para a administração pública, que envolve 550 mil trabalhadores".

"Não é um orçamento eleitoralista"

Mário Centeno rejeitou que em cima da mesa esteja um orçamento eleitoralista. "O orçamento é o Orçamento do Estado de 2018, não é um orçamento eleitoralista", disse, depois de o Presidente da República ter pedido um "bom senso e realismo" e recusado, precisamente, "orçamentos eleitoralistas". 

O documento vai agora ser debatido na Assembleia da República, podendo receber propostas dos restantes partidos. "Todas as propostas que forem feitas terão a maior atenção do Governo na sua análise e no seu enquadramento", garantiu o ministro. O orçamento na sua versão final é votado no Parlamento a 28 de Novembro. 

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