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CDS vai chamar Conselho de Finanças Públicas ao Parlamento

A líder centrista, Assunção Cristas, recorda os "avisos sérios" quer do Conselho de Finanças Públicas e os recentes alertas do Banco de Portugal e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre crescimento.

Bruno Simão/Negócios
04 de Abril de 2016 às 17:55
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O CDS-PP vai chamar o Conselho de Finanças Públicas ao Parlamento para ouvir aquela entidade sobre os cenários macroeconómicos e inquietações que tem sinalizado, uma audição que pretende que seja realizada antes da discussão do Programa de Estabilidade.

 

Segundo explicou à agência Lusa a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, este pedido do grupo parlamentar centrista vai dar entrada ainda esta segunda-feira, 4 de Abril, para que seja possível ouvir no parlamento o Conselho de Finanças Públicas "antes da entrada no parlamento do Programa de Estabilidade".

 

"Tomaremos a iniciativa de solicitar ao Conselho de Finanças Públicas que venha ao Parlamento para ser ouvido sobre as questões que tem vindo a sinalizar de cenários macroeconómicos, indicadores macroeconómicos e das inquietações que considera prudente referir", disse, recordando os "avisos sérios" quer do Conselho de Finanças Públicas e os recentes alertas do Banco de Portugal e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre crescimento.

 

Assunção Cristas criticou a decisão do Governo de não apresentar agora o Programa de Estabilidade, considerando que "não é benéfico para o país querer tapar o sol com a peneira" e querer falar apenas de Programa Nacional de Reformas sem falar de Programa de Estabilidade.

 

O Programa Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade têm que ser entregues pelo Governo em Bruxelas até ao final do mês.

 

"Portanto promoveremos também um debate e uma audição sobre as questões que têm a ver com este outro aspecto que está omisso, neste momento, nos agendamentos do parlamento", justificou.

 

A líder do CDS-PP voltou a criticar o Programa Nacional de Reformas, vincando que este é "muito pobre, muito exíguo num conjunto de matérias que têm a ver com as empresas, com a competitividade da economia portuguesa".

 

"O CDS manterá a sua postura de denúncia e de crítica em relação aquilo que não está no plano e deveria estar, mas manterá a postura construtiva de apresentar alternativas e para cada debate temático apresentará propostas concretas de melhoramento do documento", assegurou.

 

Ao contrário do que se passa "um pouco por toda a Europa em que o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas são discutidos em conjunto", em Portugal, segundo Cristas, "o Governo entendeu não o fazer".

 

"Isso parece-nos que está a querer esconder o que está no Programa de Estabilidade", criticou.

 

A líder do CDS-PP continua hoje o seu périplo de encontros com os partidos e com os parceiros depois da sua eleição como presidente centrista, tenho reuniões com a Confederação de Turismo Português e com a Confederação Empresarial de Portugal.

 

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