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Afirmações de António Ramalho "são extemporâneas", diz João Leão
No Parlamento, e perante questões da oposição, o ministro das Finanças recomenda ao presidente do Novo Banco que se concentre em gerir bem até ao final do ano.
"As questões colocadas pelo presidente do Novo Banco são extemporâneas" – foi assim que João Leão reagiu às declarações de António Ramalho, que disse que a instituição financeira deverá precisar de mais capital, na sequência da pandemia de covid-19, em entrevista ao Negócios e Antena 1. O ministro respondia a uma questão da deputada bloquista Mariana Mortágua, na Assembleia da República.
Na sua primeira audição enquanto ministro das Finanças, João Leão não foi meigo nas palavras com António Ramalho. Perante a pergunta da deputada bloquista sobre as afirmações do banqueiro de que vai ser precisa nova injeção de capital no decurso da atividade deste ano (ainda que seja prevista a operação apenas em 2021), João Leão deu um conselho a António Ramalho: "Deve concentrar-se em gerir bem o Novo Banco até ao final do ano."
Depois, garantiu que "não existe neste Orçamento suplementar nenhuma verba prevista para reforço ainda este ano do Novo Banco" e frisou que "não está previsto nenhuma verba para além dos 3,9 mil milhões de euros" consagrados no acordo de venda à Lone Star, no âmbito do mecanismo de capital contingente. "A verba que pode ser chamada, o máximo permitido, no âmbito de ativos problemáticos são os 3,9 mil milhões", reafirmou, notando que "não há uma relação direta entre a pandemia e o que o Novo Banco pode evocar no acordo."
António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, em entrevista ao Negócios e Antena 1.
Esta terça-feira, o Público noticiou que o acordo de venda do banco à Lone Star prevê uma cláusula que permite ao Novo Banco acionar uma injeção de capital por parte do Estado, de forma automática, em caso de eventos "extremos" como a pandemia. João Leão recolocou a questão de forma geral, como ela se coloca para qualquer banco. "A haver eventos extremos podem colocar-se questões sobre o capital dos bancos. Os rácios são para cumprir, as normas europeias impõem que se cumpram e num quadro desse contexto, se houver questões colocadas teria de se encontrar mecanismos de injeção de capital no Novo Banco", disse, adiantando que o reforço "seria do próprio acionista atual, ou de outro, e se fosse do Estado seria do estado enquanto acionista. Seria um mecanismo diferente."
Na sua primeira audição enquanto ministro das Finanças, João Leão não foi meigo nas palavras com António Ramalho. Perante a pergunta da deputada bloquista sobre as afirmações do banqueiro de que vai ser precisa nova injeção de capital no decurso da atividade deste ano (ainda que seja prevista a operação apenas em 2021), João Leão deu um conselho a António Ramalho: "Deve concentrar-se em gerir bem o Novo Banco até ao final do ano."
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Esta terça-feira, o Público noticiou que o acordo de venda do banco à Lone Star prevê uma cláusula que permite ao Novo Banco acionar uma injeção de capital por parte do Estado, de forma automática, em caso de eventos "extremos" como a pandemia. João Leão recolocou a questão de forma geral, como ela se coloca para qualquer banco. "A haver eventos extremos podem colocar-se questões sobre o capital dos bancos. Os rácios são para cumprir, as normas europeias impõem que se cumpram e num quadro desse contexto, se houver questões colocadas teria de se encontrar mecanismos de injeção de capital no Novo Banco", disse, adiantando que o reforço "seria do próprio acionista atual, ou de outro, e se fosse do Estado seria do estado enquanto acionista. Seria um mecanismo diferente."