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Santos Silva: "Há redobrada confiança na economia e nas finanças públicas"

"O mais importante é que esta proposta de Orçamento é admitida na Comissão Europeia sem nenhum pedido de alteração e a projecção para 2017 não contém o pedido de nenhuma medida orçamental adicional", salientou o chefe da diplomacia portuguesa.

Augusto Santos Silva - Negócios Estrangeiros: Os muitos anos que leva a “[gostar de] malhar na direita”, como confessou em 2009 o ex-braço direito de Sócrates, valem a Augusto Santos Silva a quarta maior notoriedade espontânea (3,2%). Voltou a fazê-lo na semana passada – o actual ministro dos Negócios Estrangeiros acusou o anterior Governo PSD / CDS-PP de se ajoelhar perante a Alemanha quando tal não era necessário – e segue em Fevereiro com avaliações mais positivas (1,9) do que negativas (1,2).
Miguel Baltazar
16 de Novembro de 2016 às 13:00
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considera que a decisão da Comissão Europeia de não propor o agravamento do procedimento dos défices excessivos a Portugal – o que significa aceitar, ainda que com avisos, a proposta de Orçamento para 2017 e não recomendar qualquer suspensão de fundos comunitários ao país – traduz uma demonstração de "confiança redobrada" na evolução da economia e das finanças públicas portuguesas.

"O mais importante é que esta proposta de Orçamento é admitida na Comissão Europeia sem nenhum pedido de alteração e a projecção para 2017 não contém o pedido de nenhuma medida orçamental adicional", sublinhou, acrescentando haver agora "condições para encarar 2017 com uma redobrada confiança".

Falando em Lisboa, no rescaldo da decisão de Bruxelas anunciada esta quarta-feira, 16 de Novembro, o chefe da diplomacia portuguesa reconheceu que a Comissão Europeia "identifica um risco de incumprimento", mas "por uma margem muito estreita", que disse resultar de uma "divergência muito pequena entre os cálculos apresentados pelo Governo e os cálculos realizados pelos serviços da Comissão".

"A Comissão Europeia diz, por prudência, uma coisa que nos parece óbvia: que é preciso executar o Orçamento, tomando as medidas orçamentais necessárias para acudir a qualquer desvio. Foi isso que fizemos em 2016", afirmou.

"Estas notícias vêm na sequência de um conjunto de desenvolvimentos que nos animam para 2017", acrescentou, salientando os dados do PIB referentes ao terceiro trimestre, que apontam para um crescimento homólogo de 1,6% e que surpreenderam pela positiva os economistas. "O desemprego tem estado a cair, o emprego a subir. Temos todas as condições para encarar 2017 com uma redobrada confiança", repetiu.

O ministro congratulou-se também com o consenso entre todos os partidos políticos contra a possibilidade de sanções.
"Vale a pena trabalhar com a Comissão Europeia defendendo os interesses nacionais. Vale a pena trabalhar na defesa dos interesses nacionais em unidade", disse, agradecendo, em particular, aos eurodeputados portugueses.
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