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Ministro das Finanças britânico apresenta Orçamento com mais austeridade

George Osborne vai apresentar esta quarta-feira o Orçamento do Estado do Reino Unido para 2016, antecipando-se que o mesmo contenha cortes adicionais de cerca de 5 mil milhões de euros (4 mil milhões de libras). O sistema de ensino é o principal alvo de reformas.

Reuters
16 de Março de 2016 às 11:55
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É esta quarta-feira, 16 de Março, que o ministro britânico das Finanças, George Osborne, vai entregar e apresentar o Orçamento do Estado do Reino Unido para 2016 e que deverá conter novas medidas de austeridade. A justificar a necessidade de prosseguir a consolidação orçamental está o crescimento abaixo do esperado da economia, o que poderá colocar em risco o objectivo governamental, definido para 2020, de atingir um excedente orçamental.

 

Segundo avança esta manhã o The Guardian, aquele que é já o oitavo Orçamento apresentado por George Osborne deverá ficar marcado pela continuidade de políticas de austeridade provocadas pelo deteriorar das condições económicas globais e também no Reino Unido. O The Guardian refere mesmo que haverá cortes num montante de 4 mil milhões de libras (cerca de 5 mil milhões de euros), isto depois de Osborne ter falhado a meta de atingir um excedente orçamental no sector público.

 

Já o Financial Times escreve que as novas medidas de austeridade se justificam pelo facto de George Osborne ter falhado duas das três principais metas orçamentais definidas pelo próprio.

 

Um dos objectivos não alcançados foi a redução da dívida pública em percentagem do PIB, isto porque Osborne assumiu o compromisso de reduzir a dívida em percentagem do PIB a cada ano. Meta abandonada depois de o Tesouro britânico ter adiado a venda da parcela que ainda detém no banco Lloyds.

 

E a outra meta não atingida passa pelo incumprimento do limite estabelecido para a despesa relacionado com o estado social, objectivo de difícil execução depois de o Governo liderado por David Cameron ter revertido o plano de cortes de 4,4 mil milhões de libras em créditos tributários.  

 

A grande aposta orçamental para 2016 deverá passar pelo sector do ensino e pela promoção de mudanças para a "próxima geração". Além da construção de mais casas e da definição de limites à carga fiscal sobre os rendimentos mais baixos e da classe média, George Osborne quer apostar na melhoria das escolas, que deverão ser transformadas em academias.

 

Assim, Osborne promete a maior revolução no sistema escolar das últimas décadas, transformando todas as escolas inglesas em academias independentes das autoridades locais e regionais. O primeiro-ministro inglês, David Cameron, já havia defendido recentemente uma visão para o sistema escolar que coloque a educação nas mãos dos professores e dirigentes escolares, retirando-o da guarda dos "burocratas".

 

Uma das medidas a aplicar neste sentido passa pela criação de um fundo de 1,5 mil milhões de libras (1,9 mil milhões de euros) a que as escolas poderão aceder de forma a assegurar cinco horas extra de aulas ou actividades lúdicas por semana, assim alongando o que se chama de dia escolar.

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