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Reino Unido vai aplicar novo imposto sobre bebidas açucaradas

O ministro britânico das Finanças anunciou esta quarta-feira um novo imposto sobre as bebidas açucaradas que deverá gerar uma receita adicional de 520 milhões de libras (perto de 666 milhões de euros).

Reuters
16 de Março de 2016 às 14:31
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Orçamento do Estado para 2016 do Reino Unido, entregue esta quarta-feira, 16 de Março, pelo ministro britânico das Finanças, George Osborne, vai introduzir um novo imposto sobre as bebidas açucaradas.

 

Osborne, que está esta manhã a apresentar o documento orçamental, estima que este novo imposto permita gerar receitas no valor de 520 milhões de libras (quase 666 milhões de euros), montante que deverá depois servir para duplicar o investimento público feito no desporto escolar.

 

Esta medida assinala o regresso ao tema das "fat taxes", que recaem sobre produtos nocivos à saúde, um tema em voga no Reino Unido especialmente pela vontade de combate à obesidade infantil. Esta quarta-feira, George Osborne sustentou que, no Reino Unido, uma criança com cinco anos de idade come o seu peso em açúcar a cada ano.

 

No entanto, o ministro salvaguarda que o Governo britânico irá ainda fazer consultas sobre esta questão e lembra que a indústria desta área poderá escolher se fará, ou não, reflectir este imposto no preço final.

 

Por outro lado, Osborne nota que este novo imposto deverá estar introduzido num prazo de dois anos, dando assim tempo aos produtores para de adaptarem e afiança que os sumos naturais de fruta vão ficar excluídos deste imposto.

 

Por fim, Osborne, declarando não estar disponível para nada fazer em relação ao problema da obesidade infantil, garante que a indústria deste sector poderá agir se for correctamente incentivada a melhorar os seus produtos. 

Logo depois de o responsável pelas Finanças britânicas ter anunciado este imposto, a indústria que opera no sector dos refrigerantes reagiu com quedas na negociação em bolsa. A Tate & Lyle a perder 4,4%, a AG Barr a perder 3,8% e a Britvic a deslizar 3,9%.

Por cá, em 2014 o Governo chegou a admitir a introdução de uma taxa desta natureza – pelo menos uma parte do Executivo chegou a fazê-lo – numa altura em que os gregos estudavam uma medida análoga, por imposição da troika, mas acabou em Portugal por ser um tema com vida curta.

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