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Medina chega ao final do terceiro trimestre com excedente de 2,8% do PIB

Entre janeiro e setembro, as Administrações Públicas registaram um excedente de 2,8% do PIB. Valor é significativamente melhor do que o registado no período homólogo (um défice de 2,5% do PIB) e do que a meta fixada pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.

O ministro das Finanças deverá acabar o ano com um défice de 1,5% este ano, 900 milhões abaixo do previsto.
Bruno Colaço
23 de Dezembro de 2022 às 11:13
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As Administrações Públicas registaram um excedente de 2,8% do PIB até ao final de setembro, uma melhoria significativa em termos homólogos, e um saldo bastante mais positivo do que o défice esperado pelo Governo para o conjunto do ano. 

Segundo as contas nacionais por setor institucional divulgadas nesta sexta-feira, 23 de dezembro, pelo INE, no conjunto dos três primeiros trimestres de 2022 o saldo das Administrações Públicas  fixou-se em 4.980 milhões de euros, o que corresponde a um excedente orçamental de 2,8% do PIB.

Este valor compara com o défice de 2,5% do PIB (3.891 milhões de euros) registado no mesmo período de 2021, implicando uma melhoria significativa em termos homólogos.

Ao mesmo tempo, o excedente registado nos primeiros três trimestres do ano é significativamente melhor do que o défice de 1,9% inscrito pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, no Orçamento do Estado - mas também do valor apontado recentemente pelo primeiro-ministro, que espera que o défice no conjunto do ano não seja superior a 1,5%.

Segundo os dados do INE, e considerando o acumulado dos três primeiros trimestres do ano, a melhoria expressiva no saldo deveu-se a uma subida significativa da receita das Administrações Públicas, de 11,6% (cerca de 8 mil milhões de euros), ao mesmo tempo que a despesa diminuiu 1,1% (quase de mil milhões). 

Na receita pública, destaque para o crescimento de 28,3% da receita com impostos sobre o rendimento e património (IRS e IRC, por exemplo) e de 15,7% dos impostos sobre a produção e importação (entre eles, o IVA). Considerando apenas os impostos, as Administrações Públicas arrecadaram mais cerca de 7,8 mil milhões de euros até setembro deste ano do que no mesmo período do ano passado. 

Na despesa, a grande diferença dá-se nos subsídios. Se até setembro de 2021, e muito pela covid-19, as Administrações Públicas gastaram cerca de 3,8 mil milhões de euros com esta rubrica, no mesmo período deste ano esta despesa diminuiu 71,5%.

Destaque também para a redução da despesa com juros, de 9,8%. Nos primeiros nove meses deste ano, o Estado gastou menos cerca de 400 milhões com encargos com a dívida pública do que nos mesmos meses de 2021. 

Olhando apenas para o terceiro trimestre, o excedente foi ainda mais expressivo, de 6,8% do PIB (praticamente o dobro do de 3,5% do PIB registado no período homólogo).  Considerando o ano terminado no terceiro trimestre (portanto, o período entre outubro de 2021 e setembro de 2022), o saldo orçamental também foi positivo, em 1,1% do PIB, uma melhoria de 0,9 pontos percentuais face ao período homólogo. 

(Notícia atualizada às 11:45 com mais informação) 
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