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Medina acredita que "BCE não permitirá" subida descontrolada nos juros da dívida

O ministro das Finanças afirmou, em declarações aos jornalistas à margem do Eurogrupo, que a reunião de emergência do Conselho do BCE transmitiu uma "importante" mensagem aos investidores mais especulativos.

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O Banco Central Europeu (BCE) não irá permitir que os juros das dívidas públicas de países como Portugal voltem a níveis incomportáveis como aconteceu na crise financeira. A convicção é do Ministro das Finanças, Fernando Medina, que participa esta quinta-feira num encontro do Eurogrupo no Luxemburgo.

Questionado à margem da reunião sobre o risco dos juros da dívida portuguesa dispararem até à linha vermelha de 7% - um dos fatores que obrigou o país a pedir ajuda à troika em 2011 -, Fernando Medina afirmou que este cenário "não será permitido" pelo BCE.

"Está fora do horizonte de qualquer perspetiva sobre a evolução dos juros", garantiu o ministro em declarações transmitidas pela Sic Notícias, numa altura em que os juros de Portugal estão próximos de 3%. Esta barreira foi ultrapassada esta semana pela primeira vez desde finais de julho de 2017, apenas dois meses depois da "yield" do país ter tocado os 2%.

A rápida evolução, que acompanha a tendência europeia, é uma reação à mudança de posicionamento do BCE. Após uma década de compras massivas de dívida e juros em mínimos históricos, a autoridade monetária vai acabar com as aquisições líquidas de títulos no início de julho e assim subir taxas no final desse mês.

O objetivo é travar a inflação, que já ultrapassou os 8% na Zona Euro. A turbulência nos mercados em reação ao anúncio foi notada pelo banco central liderado por Christine Lagarde, que se encontrou ontem de emergência e anunciou que vai acelerar o desenho de uma nova ferramenta anti-crise para impedir a "fragmentação".  


Fernando Medina considera que "esta declaração do banco central é importante" para "impedir movimentos especulativos sobre as dívidas soberanas dos vários países". Para o governante, Lagarde está a dizer aos mercados que "não aceitará" fragmentação da Zona Euro, dando assim maior proteção ao país.
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