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BCE vai definir um "spread" limite nas "yields" que ativará a nova ferramenta

Até agora, vários economistas e analistas indicam que o BCE tinha determinado que o "spread" entre a dívida a 10 anos de Itália e da Alemanha não poderia exceder os 250 pontos base. A partir desse ponto, referem, o BCE interviria no mercado.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, tem reiterado a intenção de manter inalteradas as suas políticas de estímulo.
Reuters
16 de Junho de 2022 às 20:03
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A "misteriosa" nova ferramenta anti-crise do Banco Central Europeu (BCE) será ativada se a diferença (spread) entre as taxas de juro das dívidas soberanas dos diversos países do bloco excederem determinados limites, indicou a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, aos ministros das Finanças durante uma reunião esta quinta-feira no Luxemburgo, avança a Bloomberg.

De acordo com a agência noticiosa, que cita pessoas com conhecimento do tema, Lagarde terá explicado aos ministros que a nova ferramenta está a ser desenhada com a intenção de prevenir que movimentos irracionais dos mercados pressionem alguns dos Estados que integram a Zona Euro.

Segundo as mesmas fontes, a presidente do BCE revelou que o novo instrumento poderá ser acionado se os "spreads" das "yields" da dívida soberana dos vários países superarem determinados limites ou se os movimentos do mercdo excederem uma certa velocidade. Lagarde não especificou, contudo, se esses limites seriam tornados públicos.

Até agora, vários economistas e analistas indicam que o BCE tinha determinado que o "spread" entre a dívida a 10 anos de Itália e da Alemanha não poderia exceder os 250 pontos base. A partir desse ponto, referem, o BCE interviria no mercado. E a reunião de emergência de quarta-feira do Conselho dos Governadores do BCE ocorreu exatamente quando o "spread" entre os juros de Itália e Alemanha estava muito próximo dos 250 pontos.

Após o encontro de quarta-feira, Lagarde frisou que a nova ferramente visa evitar a "fragmentação" - quando os custos de financiamento das economias mais frágeis da Zona Euro são muito superiores aos das economias mais robustas.

Esta quinta-feira, o diferencial entre as "yields" de Alemanha e Itália encolheu em 13,7 pontos base, com os juros italianos a 10 anos a aliviarem 6,5 pontos enquanto os juros das "bunds" subiram 7,2 pontos. O "spread" entre as "yields" da dívida destes dois países é agora de 202,8 pontos.
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