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Governo sugere ao PS que teste as suas contas com UTAO e CFP

A ministra das Finanças considera que as previsões macroeconómicas que inscreveu no Programa de Estabilidade "são encorajadoras, mas prudentes". PS diz que é uma "profissão de fé".

Bruno Simão/Negócios
22 de Abril de 2015 às 17:32
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A ministra das Finanças sugeriu ao PS que envie as suas contas e previsões para análise no Conselho de Finanças Públicas ou UTAO, e defendeu as previsões que inscreveu no Programa de Estabilidade (PE), e que antevê um crescimento de 2,4% do PIB a partir de 2016.

 

Maria Luís Albuquerque referiu-se ao recente documento de cenarização macroeconómica dos peritos do PS por várias vezes, primeiro para questionar o cenário base que usam e que está desactualizado, mais tarde para desafiar os socialistas a testarem as suas contas com o Conselho de Finanças Públicas (CFP) ou à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

 

"Sugeria ao PS que detalhe a sua proposta e peça à UTAO ou ao CFP que a análise" afirmou a ministra que haveria ainda de alinhar com os deputados da bancada da maioria na ideia de que o PS está a querer regressar ao passado: "Com a mesma receita e os mesmos protagonistas não sei como se espera resultados diferentes", afirmou. 

 

Vera Rodrigues, do CDS, considerou que as propostas do PS são "um caminho directo para uma nova desgraça", e Duarte Pacheco complementou: "quando a esmola é grande, o pobre desconfia", atiraram.  Vieira da Silva do PS optou por responder com os maus resultados do programa de ajustamento no crescimento, no défice e no desemprego, muito piores que os previstos pelo Governo no início da legislatura. "Quem pode acreditar num governo vem propôs para 2019 o que já tinha prometido para 2015, e que o faz com base nas políticas que já falharam", afirmou.

 

No debate sobre o Programa de Estabilidade, Maria Luís Albuquerque começou por defender que o PE assume uma política para os próximos anos consolida o sucesso da "estabilização orçamental" conseguida pelo Governo e reafirma a aposta nas reformas estruturais e na recuperação sustentada. São previsões "encorajadoras,  mas prudentes", defendeu.

 

João Galamba, do PS, considerou por seu lado que a expectativa do Governo para os próximos anos "é uma profissão de fé", por ignorar o recente aumento do desemprego, e não apresentar políticas que sustentem o crescimento para lá de 2016, o que ecoa uma recente análise do Conselho de Finanças Públicas. A ministra retorquiu com a mesma avaliação do CFP que, para 2016 e 2017 considera que as estimativas do Executivo são "plausíveis".

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