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Dívida pública sobe 4,2 mil milhões de euros em Abril
A dívida pública continuou a aumentar em Abril. As idas ao mercado do IGCP engordaram o endividamento público.
A dívida pública aumentou 4,2 mil milhões de euros apenas em Abril deste ano, após uma subida de 2,3 mil milhões de euros no primeiro trimestre. Nos primeiros três meses do ano, o rácio da dívida pública no PIB foi de 126,3%, menos uma décima do que tinha sido anunciado. Este aumento em Abril justifica-se pelas emissões de obrigações de Tesouro.
"Em Abril de 2018, a dívida pública situou-se em 250,1 mil milhões de euros, aumentando 4,2 mil milhões de euros relativamente ao final de Março", lê-se na nota de informação estatística divulgada esta sexta-feira pelo Banco de Portugal. A entidade liderada por Carlos Costa explica que "para este aumento contribuiu essencialmente o acréscimo dos títulos de dívida, maioritariamente por via da emissão de obrigações do Tesouro".
Apesar de o rácio e o valor nominal piorarem, isto não quer dizer que as previsões do Governo e das restantes instituições estejam em risco de serem alcançadas. Também no ano passado o rácio da dívida pública esteve mais alto nos primeiros trimestres, afundando no final do ano. Os números durante o ano são influenciados pelas idas ao mercado, pelo perfil de pagamento da dívida ou por outras operações que possam aumentar ou diminuir a dívida.
Como é que a dívida pública voltou a ultrapassar a barreira dos 250 mil milhões de euros, o valor mais alto desde Agosto do ano passado? Em Abril, o IGCP emitiu três mil milhões de euros numa emissão sindicada a 15 anos, um valor acima da média das idas ao mercado da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.
Além disso, no mesmo mês, o IGCP voltou aos mercados para emitir mais 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. Ou seja, no total, foram 4.250 milhões de euros, exactamente a subida registada neste mês na dívida pública. A Agência aproveitou as condições favoráveis para ir ao mercado e obter parte do financiamento necessário para este ano, prevenindo face a situações de stress, como a da última semana com a crise política em Itália a contagiar os juros dos países periféricos.
(Notícia actualizada pela última vez às 11h37)