A nove dias das eleições legislativas na Grécia, o Syriza volta a liderar as intenções de voto. De acordo com a mais recente sondagem da Pro Rata, publicada pelo jornal grego Efimerida ton Syndakton, e citada pela Reuters, o partido liderado pelo antigo primeiro-ministro Alexis Tsipras reúne 28,5% das intenções de voto, à frente do seu rival Nova Democracia, com 23,5%.

Tsipras e o líder da Nova Democracia, Evangelos Meimarakis, que têm estado taco a taco nas intenções de voto, estão agora separados por cinco pontos percentuais, depois de a última sondagem, divulgada a 2 de Setembro, ter dado uma ligeira vantagem a Meimarakis. O dirigente da Nova Democracia surgiu, pela primeira vez, à frente de Tsipras, com 25,3% das intenções de voto contra 25% para a coligação de esquerda radical.

No entanto, seja quem for o vencedor das eleições legislativas de 20 de Setembro, não deverá haver uma maioria absoluta e nenhum dos candidatos poderá governar sozinho.

Esta quarta-feira, 9 de Setembro, os líderes dos principais partidos estiveram frente-a-frente num debate televisivo, que não foi esclarecedor quanto às perspectivas de alianças.

O líder da Nova Democracia admitiu que Tsipras nem sequer quer falar com ele sobre uma futura coligação e o ex-primeiro-ministro insiste em que não poderão governar em conjunto. Já Stavros Theodorakis, do Potami, que tem tentado assumir o papel de fiel da balança, afirmou que, muito embora tenha votado a favor do memorando assinado por Tsipras, "porque a alternativa seria pior", o apoio do seu partido "não pode ser dado como garantido".

O ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras já havia aberto a porta a uma coligação com o Pasok e To Potami, garantindo, contudo, que há qualquer possibilidade de negociar um acordo pós-eleitoral com a Nova Democracia.

Evangelos Meimarakis, por seu turno, anunciou, no início desta semana, que iria convidar o dirigente do Syriza para formar uma coligação que garanta o lugar da Grécia na Zona Euro, independentemente do resultado das eleições de 20 de Setembro.

"Acredito em consenso e cooperação", afirmou Meimarakis, em entrevista à Bloomberg no domingo. "Temos provado ao longo dos anos que, quando é bom para o país, para salvaguardar o seu lugar na Zona Euro, nós estamos dispostos a cooperar".