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Qual é a probabilidade de a Grécia sair da Zona Euro?

Após o Governo grego ter agendado o referendo deste domingo, 5 de Julho, vários especialistas vieram alertar para a maior probabilidade de a Grécia poder sair da Zona Euro. Ainda assim, poucos ousaram em lançar números para cima da mesa. As estimativas recolhidas pelo Negócios apontam para uma probabilidade geral entre 20% e 55%. Contudo, se o "não" vencer, a percentagem sobe para 70%.

05 de Julho de 2015 às 18:08
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Berenberg – "Com o activista mais carismático do país, Tsipras, aparentemente a tentar enganar os eleitores sobre do que se trata mesmo o referendo, parece demasiado arriscado decretar já um resultado, com um maior risco de ‘Grexit’, do que uma mudança política em Atenas para manter a Grécia no euro. Aumentámos a nossa probabilidade de ‘Grexit’ de 40% para 55%, uma vez que o Governo está a apelar ao ‘não’ no referendo", escreveu Holger Schmieding, economista-chefe, a 30 de Junho.

 

BNP Paribas – "Não podemos descartar a possibilidade de vitória do ‘não’. Se tal acontecer, a probabilidade de a Grécia sair da Zona Euro seria elevada. Mesmo a vitória do ‘sim’ poderá ser problemática, uma vez que poderá levar a eleições gerais, nas quais o Syriza pode ainda sair vencedor. A probabilidade geral de a Grécia sair da Zona Euro é, agora, de 20%, segundo as nossas estimativas", escreve Luigi Speranza, economista, numa nota publicada a 29 de Junho. Contudo, o especialista afirma que, se o "não" ganhar o referendo, a probabilidade de "Grexit" sobe para 70%.

 

RBC Global Asset Management – "A saída da Grécia é o cenário mais provável, no caso de o ‘não’ ganhar", escreveu Eric Lascelles, economista-chefe, citado pela Bloomberg. Após a marcação do referendo, o especialista subir a probabilidade de a Grécia sair da Zona Euro de 30% para 40%.

 

Standard & Poor’s - "Acreditamos agora que a probabilidade de a Grécia sair da Zona Euro aumentou para cerca de 50%, após a decisão do Governo, durante o fim-de-semana, de rejeitar as propostas de empréstimos dos credores oficiais e de, em vez disso, agendar um referendo nacional sobre se devem ser aceites os termos das propostas", escrevem os especialistas da S&P, numa nota divulgada esta quinta-feira, 2 de Julho.

 

UBS – "A vitória do ‘não’ iria criar, quase de certeza, condições impossíveis para um acordo. Qualquer potencial acordo irá envolver condições mais difíceis de suportar, do que os discutidos antes do encerramento dos bancos. Assim, seria impossível o Syriza levá-los ao Parlamento. Por outro lado, a perda de credibilidade do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, faria com que qualquer concessão fosse impensável para os parlamentos da Zona Euro. As probabilidades de ‘Grexit’ iriam, então, aumentar", escreve, os especialistas do UBS, numa nota de análise publicada a 2 de Julho. No geral, o banco suíço atribui uma probabilidade de 40% ao "Grexit". Contudo, se o "não" vencer o referendo, essa percentagem sobe para 70%.

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