O PASOK, partido que está na oposição grega, fez saber este domingo que não vai apoiar o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, se este avançar mesmo com a moção de confiança no Parlamento helénico.

Depois da oposição que enfrenta no seu próprio partido, que não apoiou o Governo grego nas votações parlamentares que se tornaram necessárias para a Grécia conseguir avançar para negociações com os credores quer para efeitos do empréstimo-ponte quer para o terceiro resgate ao país, tem sido noticiada a possibilidade de Tsipras pedir no Parlamento uma moção de confiança.O que, para passar, teria igualmente de ter o apoio dos partidos de oposição, já que do Syriza, o seu partido, não conseguiria os votos suficientes.

O PASOK já fez, entretanto, saber que apesar de ter apoiado o Governo nas votações necessárias para avançar no terceiro resgate, esse apoio não será extensível à moção de confiança.

O PASOK tem apenas 13 deputados no Parlamento grego, com 300 assentos.

O Novo Democracia também já disse que não apoiaria o Governo numa moção de confiança.

Ainda que a moção não tenha sido convocada, o ministro grego da Energia, Panos Skourletis, deu fortes demonstrações de que a moção ia mesmo ser pedida.  Questionado pela televisão Skai sobre essa possibilidade, Skourletis declarou: "Considerou evidente que depois das feridas profundas abertas pelo Syriza no parlamento que se faça esse movimento".

Admitindo mesmo que uma derrota na moção de confiança poderia levar o país a eleições.

Cerca de um terço dos deputados do Syriza abstiveram-se ou votaram contra o acordo para o terceiro resgate na passada sexta-feira.