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Merkel confirma redução de impostos em ano eleitoral

A economia está a resistir melhor do que o esperado e, desde 2014, que o Estado não apresenta défices. Há condições para baixar os impostos, defende a chanceler, líder da CDU. Já o ministro da Economia (SPD) pensa que, em vez de reduzir a factura fiscal, dever-se-ia aumentar o investimento público.

06 de Outubro de 2016 às 14:59
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A chanceler alemã Angela Merkel confirmou nesta quinta-feira, 6 de Outubro, a intenção do governo de reduzir impostos nos dois próximos anos. Citada pela Reuters, Merkel referiu o valor global de seis mil milhões de euros, mas o seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, já mencionou a possibilidade de proceder a um alívio fiscal que duplica este montante.

 

"A boa situação orçamental está a ter um efeito positivo sobre a economia. Seremos capazes de fazer um pequeno alívio fiscal, que será de seis mil milhões de euros para 2017 e 2018", disse Merkel durante um evento da confederação da indústria alemã, BDI.

 

O anúncio surge num dia em que foram divulgados dados positivos, designadamente sobre as novas encomendas à indústria, que parecem dissipar os receios de que a economia alemã estivesse a desacelerar neste segundo semestre. A própria BDI elevou a sua previsão para o crescimento do PIB deste ano, de 1,7% para 1,9%.

 

Falando em Berlim, a chanceler Angela Merkel disse que a economia estava em boa forma, o emprego a subir, o que permite alguma a flexibilidade orçamental sem furar a meta do governo de não contrair nova dívida.

 

A caminho de ano eleitoral, Merkel defendeu sua estratégia de manter o orçamento equilibrado, uma pedra angular da anterior campanha, que levou à terceira vitória consecutiva dos conservadores da CDU.

 

"Uma política orçamental sólida é importante também por causa das mudanças demográficas que estamos enfrentando. O 'défice zero" não é um fetiche de pessoas sem inspiração, como alguns críticos sugerem, mas a afirmação de que não queremos sobrecarregar a próxima geração com ainda mais dívida", explicou.

 

Falando no mesmo evento da BDI, o ministro da Economia Sigmar Gabriel (membro do SPD,  parceiro júnior da coligação governamental) defendeu, em contrapartida, que são necessários mais investimentos em infra-estruturas, escolas e internet rápida para garantir que a Alemanha se mantém na frente da batalha da competitividade.

 

Numa crítica subtil à promessa eleitoral dos conservadores, Gabriel defendeu que faria mais sentido para a Alemanha investir no seu futuro ao invés de gastar o excedente orçamental em cortes de impostos.

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