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Merkel afasta novo perdão de dívida à Grécia

A chanceler alemã assegurou que um "corte clássico" no valor da dívida grega "para mim está fora de questão" e lembrou que em 2012 as condições de pagamento da dívida grega já foram melhoradas.

Reuters
09 de Julho de 2015 às 15:04
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Angela Merkel afastou esta quinta-feira, 9 de Julho, um novo perdão de dívida à Grécia, tendo lembrado que tal já aconteceu em 2012, além de um alívio nas condições de pagamento ao fundo de resgate do euro.

"Tenho dito que um corte clássico" no valor da dívida grega "para mim está fora de questão e não mudei de opinião entre ontem e hoje", disse Angela Merkel, citada pela Reuters.

As declarações foram efectuadas depois de ontem a directora-geral do FMI ter afirmado que a dívida da Grécia precisa de ser reestruturada e de já esta quinta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ter dito que a Europa deve pensar numa reestruturação de dívida se a proposta grega for credível.

Sobre uma possível alteração das condições de pagamento da dívida grega, Merkel lembrou que "em 2012 lidámos com a questão de sustentabilidade da dívida" grega. "Alargámos as maturidades, alterámos o início da data de pagamento ao FEEF para lá de 2020. Por isso não estamos a lidar com a sustentabilidade da dívida grega pela primeira vez", disse a chanceler alemã.

No pedido de terceiro resgate que efectuou ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o Governo grego deixou cair a questão do perdão de dívida. A carta refere apenas que Atenas receberia de bom grado "uma oportunidade para explorar medidas que potencialmente possam ser tomadas" para que a dívida que tem com os demais países (dívida "oficial") "se torne sustentável e viável no longo prazo", retomando assim os termos de uma antiga promessa do Eurogrupo feita em Novembro de 2012, na sequência do segundo resgate à Grécia.

Na semana passada, o FMI divulgou um relatório sobre a economia grega, onde defendia que a dívida do país não é sustentável. O FMI defende que a Grécia precisa de até 50 mil milhões de euros de financiamento adicional nos próximos três anos e de um alívio da dívida em larga escala que dê ao país alguma margem para respirar.

Alexis Tsipras afirmou esta quarta-feira, 8 de Julho, no Parlamento Europeu que qualquer acordo deveria incluir políticas promotoras de crescimento e criação de emprego e o compromisso de uma discussão séria sobre a reestruturação da dívida.

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