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Membro do BCE diz que vitória de Trump “dá uma lição à Europa”

Benoît Coeure considera que ainda é "cedo" para avaliar o impacto da vitória de Trump nas futuras decisões do BCE. Quanto às consequências políticas, não cabe ao banco central julgar.

Bloomberg
11 de Novembro de 2016 às 07:50
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Benoît Coeure, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), defende que "ainda é muito cedo para dizer" se a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos vai influenciar as decisões de política monetária que a autoridade monetária da Zona Euro tomará em Dezembro.

Numa entrevista ao Le Progress de Lyon, citada pela Bloomberg, o responsável sublinha, contudo, que a escolha dos norte-americanos "dá uma lição à Europa". "Num mundo onde os choques estão a aumentar, a Europa deve manter o controlo do seu destino", concretiza.

Benoît Coeure adianta que o BCE está a acompanhar "de perto" a reacção dos mercados financeiros, frisando a necessidade de "evitar a volatilidade excessiva".

"Olhando para o futuro, vamos avaliar as consequências da eleição de Trump para a economia global e para a Zona Euro", afirma. "É certamente um grande evento. Mas não compete ao BCE avaliar as consequências políticas".

Na mesma entrevista, o responsável fala ainda sobre a evolução da economia da Zona Euro, que continua presa ao baixo crescimento. As taxas de juro estão baixas, sublinha Coeure, "porque o crescimento ainda é fraco".

"Para que a Europa seja forte em termos de defesa e segurança, deve ter uma economia forte. E para que a economia seja forte, são necessárias reformas em todos os países, e a Zona Euro deve funcionar melhor", especifica.

O membro do BCE lembra que os países que foram mais severamente afectados pela crise financeira tiveram de implementar reformas difíceis, particularmente nos mercados de trabalho, que agora "estão a dar frutos".

"França, que enfrentou melhor a crise, teve menos pressão para empreender reformas. Mas hoje o crescimento de França é mais fraco e o desemprego é maior. Isso ilustra a importância de novas reformas", conclui.

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