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O terceiro dia depois da vitória de Trump ficou marcado por protestos

Vários protestos nos Estados Unidos marcaram o terceiro dia que se seguiu à inesperada vitória de Donald Trump. O Negócios voltou a seguir ao minuto as principais incidências.

Reuters
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Day after: o que aconteceu
Dois dias depois das eleições presidenciais nos Estados Unidos, que deram a vitória a Donald Trump, o presidente eleito compareceu, pela primeira vez, na Casa Branca. Na quinta-feira, 10 de Novembro, foi recebido por Barack Obama, com o porta voz de Obama, Josh Earnest, a considerar que esta primeira reunião foi "excelente". 

Estiveram reunidos quase 90 minutos, mas não houve direito a foto entre os futuros inquilinos da Casa Branca e os actuais. 

No final do encontro, Barack Obama disse que ter mantido uma "excelente conversa" com Trump em que foram discutidas questões relacionadas com "política externa e política doméstica". Já o presidente eleito realçou ter gostado deste "primeiro encontro" com Obama, notando que nunca tinha conversado com o ainda presidente dos EUA. 

Ao segundo dia, também, Dow Jones, um dos principais índices norte-americanos, bateu novo máximo histórico durante a sessão e fechou em ganhos. Já o Nasdaq fechou a perder. Pode ver o que aconteceu durante quinta-feira, no minuto que o Negócios foi fazendo.

As reacções continuam esta sexta-feira, e como tal o Negócios abre aqui o espaço para acompanhar ao minuto o que se vai passando. 

 

Vitória de Trump “dá uma lição à Europa”

Benoît Coeure, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), defende que "ainda é muito cedo para dizer" se a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos vai influenciar as decisões de política monetária que a autoridade monetária da Zona Euro tomará em Dezembro.

Numa entrevista ao Le Progress de Lyon, citada pela Bloomberg, o responsável sublinha, contudo, que a escolha dos norte-americanos "dá uma lição à Europa". "Num mundo onde os choques estão a aumentar, a Europa deve manter o controlo do seu destino", concretiza.

Benoît Coeure adianta que o BCE está a acompanhar "de perto" a reacção dos mercados financeiros, frisando a necessidade de "evitar a volatilidade excessiva".

 

"Olhando para o futuro, vamos avaliar as consequências da eleição de Trump para a economia global e para a Zona Euro", afirma. "É certamente um grande evento. Mas não compete ao BCE avaliar as consequências políticas".

Na mesma entrevista, o responsável fala ainda sobre a evolução da economia da Zona Euro, que continua presa ao baixo crescimento. As taxas de juro estão baixas, sublinha Coeure, "porque o crescimento ainda é fraco".

"Para que a Europa seja forte em termos de defesa e segurança, deve ter uma economia forte. E para que a economia seja forte, são necessárias reformas em todos os países, e a Zona Euro deve funcionar melhor", especifica.

O membro do BCE lembra que os países que foram mais severamente afectados pela crise financeira tiveram de implementar reformas difíceis, particularmente nos mercados de trabalho, que agora "estão a dar frutos".

"França, que enfrentou melhor a crise, teve menos pressão para empreender reformas. Mas hoje o crescimento de França é mais fraco e o desemprego é maior. Isso ilustra a importância de novas reformas", conclui.

Bolsas asiáticas mistas. Emergentes em queda
Na China e no Japão, as sessões desta sexta-feira, 11 de Novembro, foram de alta. Mas nos países emergentes da região, a queda foi garantida. 

A incerteza na Ásia em relação aos efeitos da eleição de Donald Trump continua, mas os mercados acreditam que Trump terá uma política inflacionista.

As obrigações do Tesouro norte-americanas subiram aos níveis mais elevados desde Janeiro, já que as promessas de investimento de Trump podem indiciar níveis de inflação mais altas. 

As moedas da Ásia emergente caíram, em parte, diz a Reuters, porque na incerteza os investidores refugiam-se em activos mais seguros, mas também sob os receios de uma política mais proteccionista. Na Malásia, o ringgit caiu mais de 5% face ao dólar, esta sexya-feira. Na Indonésia, a rupia também esteve sob pressão, o que levou as autoridades a venderem dólares para estabilizar o câmbio. 


O índice MSCI ásia Pacífico perdeu 0,8% 135,54 pontos. com as acções dos mercados emergentes a liderarem as perdas, sob a expectativa de que a Reserva Federal suba as taxas a um ritmo, agora, mais rápido do que o esperado. Os índices na Indonésia, nas Filipinas e em Taiwan lideraram as perdas.

Na China e no Japão, as sessões foram de ganhos. Na China, o Shanghai Composite entrou novamente em mercado "touro". No Japão, o Topix escalou 0,1%, avançando 2,3% na semana.



Bolsas europeias em alta. Lisboa abre a subir
A bolsa nacional abriu em alta esta sexta-feira, 11 de Novembro, depois de duas sessões consecutivas de perdas. O PSI-20 ganha 0,05% para 4.419,36 pontos, após ter atingido, na quinta-feira, o valor mais baixo desde Julho.
Partido Comunista Chinês desvaloriza poder de Trump

O jornal do Partido Comunista Chinês desvalorizou a possibilidade de Donald Trump exercer uma "governação forte" enquanto futuro presidente dos Estados Unidos da América. A publicação justifica dizendo que Trump estará limitado pelas elites e pelo sistema político do país.

"Trump parece resistente, resoluto e sem constrangimentos. Mas a sua liderança não será o reflexo total da sua personalidade", escreveu o Global Times. E acrescentou: "falta-lhe uma ligação forte aos círculos políticos e tem uma relação tensa com toda a elite, inclusive dentro do próprio partido".

Papa não opina sobre Trump

O Papa Francisco rejeitou opinar sobre a eleição de Donald Trump como 45.º presidente dos Estados Unidos da América. O líder da igreja católica afirmou estar mais interessado no impacto das escolhas dos políticos nos mais pobres.

A questão dos refugiados é uma das preocupações do Papa. "Devemos derrubar os muros que dividem", afirmou. Ainda este ano, Francisco sugeriu que a posição de Trump sobre a imigração, que incluía a construção de um muro na fronteira com o México, "não era cristã".


O Vaticano, no dia a seguir à eleição de Trump, já tinha congratulado o novo presidente norte-americano.

Trump diz que protestos são "injustos"
Trump voltou ao Twitter depois de ter elogiado o encontro com Barack Obama em Washington. Desta vez, para falar sobre os protestos que estão a ter lugar em várias cidades dos Estados Unidos.

“Os manifestantes profissionais, incitados pelos media, estão a protestar. Muito injusto!”, escreveu.
As imagens dos protestos em Portland
Segunda noite de protestos
Milhares de pessoas nas ruas na segunda noite consecutiva de protestos contra a eleição de Donald Trump como o próximo presidente dos Estados Unidos da América.

Nova Iorque, Washington, São Francisco, Filadélfia, Los Angeles, Dallas ou Oakland foram apenas alguns dos palcos dos protestos pacíficos que, ainda assim, não evitaram detenções por parte da polícia em algumas ruas.

Em Portland o protesto foi considerado como um motim pela polícia. As autoridades tiveram mesmo de intervir para dispersar a multidão, disparando gás pimenta. Foram detidas pelo menos 30 pessoas. “Not My President” voltou a ser o lema. A comunidade imigrante e LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais) foram fortes presenças nos protestos.

Há mais protestos marcados para o fim-de-semana.
Barclays acredita que vitória de Trump pode acelerar acordo dos EUA com o Deutsche Bank
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos pode conduzir a acordos mais rápidos e menos onerosos entre os bancos europeus e o Departamento de Justiça norte-americano. Quem o diz é o Barclays, numa nota de análise divulgada esta sexta-feira, 11 de Novembro, citada pela Bloomberg.
Zuckerberg: Facebook não beneficiou Trump
Zuckerberg: Facebook não beneficiou Trump

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, veio defender que a sua rede social não influenciou a escolha de Donald Trump para próximo presidente dos Estados Unidos da América.

Isto depois de ter sido confrontado com as notícias falsas que foram sendo partilhadas naquela plataforma durante a campanha. O Facebook é já considerada uma das principais formas de acesso às notícias entre os americanos.


"A ideia que as notícias falsas no Facebook influenciaram de algum modo a eleição é uma ideia um bocado louca", afirmou numa conferência de tecnologia na Califórnia.


"Se acreditam nisso então não interiorizaram a mensagem que os apoiantes de Trump tentaram enviar nesta eleição", acrescentou.


Trump volta a dar destaque aos protestos
Donald Trump voltou a referir no Twitter os protestos da última noite em várias cidades norte-americanas. "Sairemos todos unidos e orgulhosos", refere agora, após destacar que as manifestações revelam que os cidadãos têm "paixão" pela sua terra.

Boris Johnson: Europa tem de abandonar discurso de "desgraça" sobre Trump

O responsável britânico pela pasta dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, pede aos restantes líderes europeus que abandonem o seu discurso de "desgraça e tragédia" sobre a nomeação de Donald Trump como próximo presidente dos Estados Unidos da América.

 

Johnson considera que esta mudança é uma "grande oportunidade" para reforçar relações económicas e diplomáticas. O britânico já falou com o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Mike Pence.

 

O gabinete de Theresa May já fez saber que a primeira-ministra britânica falou com Trump e que se encontrarão o "mais rápido possível".

Snowden não tem medo de ser extraditado

Edward Snowden não está preocupado com uma eventual extradição da Rússia para os Estados Unidos da América, escreve o The Guardian. Isto porque o presidente eleito Donald Trump tem no presidente russo Vladimir Putin um forte aliado.

Snowden, que revelou informações sobre a agência de segurança norte-americana NSA em 2013, diz não ter receio que Putin o entregue de volta, a pedido de Trump.

"Se estivesse preocupado com a segurança, se a minha segurança e o meu futuro fossem tudo o que me importa, provavelmente ainda estaria no Havai", afirmou. Snowden mostra-se orgulhoso das suas escolhas.


No seu Twitter, Donald Trump chegou a escrever sobre Snowden: "É um espião que causou grande dano aos Estados Unidos. Um espião em tempos passados, quando o nosso país era respeitado e forte, seria executado".

Um “encontro cordial”
Um “encontro cordial”
O The New York Times chama-o de “encontro cordial”. De um lado, Barack Obama. Do outro, Donald Trump. Ambos na Sala Oval da Casa Branca para iniciar o processo de transição de poder esta quinta-feira, 10 de Novembro.

Obama garantiu que as “diferenças significativas” não o impediriam de cumprir essa tarefa, tal como viu a administração de George W. Bush fazer há oito anos. Foram 90 minutos de conversa. Melania Trump e Michelle Obama também estiveram reunidas.

Para trás ficam discursos acusatórios em ambos os sentidos. Obama dizia que Trump não era qualificado e com um temperamento instável para governar. Trump questionava a nacionalidade e a legitimidade do primeiro presidente afro-americano.

“Quero reforçar-lhe, senhor Presidente-eleito, que faremos agora todos os possíveis para que seja bem sucedido e, com isso, também o país tenha sucesso”, disse Obama a Trump depois do encontro.

Trump garantiu a Obama – que caracterizou como “um bom homem” - que estaria disponível para receber os seus contributos e conselhos durante a governação que vai assumir. Mais tarde, reagiu nas redes sociais.
Trump vai ao poder estabelecido para equipa de transição

Os nomes variam mas há um aspecto em comum na imprensa norte-americana: Donald Trump vai contar com lobistas na equipa que preparará a sua entrada na Casa Branca.

Contrariando uma vez mais o que promoveu durante a campanha, o futuro presidente norte-americano não vai ainda "drenar o pântano" dos poderes estabelecidos.

São também referidos especialistas financeiros de Wall Street e membros de "think tanks".

Trump poderá contar na equipa com pessoal que trabalhou directamente com George W. Bush ou Mitt Romney.

Incerteza nos EUA e na Europa beneficia a libra
A moeda britânica, fortemente penalizada depois do Brexit, está agora a caminho da melhor semana em sete anos em relação ao euro, a beneficiar da incerteza geopolítica criada com a eleição de Donald Trump e com dúvidas sobre o desfecho do referendo constitucional em Itália e das eleições na Alemanha e em França.
Nigel Farage fará ligação entre Reino Unido e América

Nigel Farage, rosto ligado ao partido britânico Ukip, vai fazer a ligação entre o governo britânico e Donald Trump. A notícia é avançada pelo The Telegraph. A publicação concretiza que será uma ponte oficiosa.


A notícia chega depois da primeira-ministra Theresa May ter falado com Donald Trump ao telefone no sentido de marcarem um encontro "o mais rápido possível".


Já esta sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson veio apelar aos restantes líderes europeus para abandonarem o seu discurso de "tragédia" sobre o próximo presidente norte-americano.


Farage chegou a acompanhar Trump durante a sua campanha. Já na quinta-feira, Farage tinha declarado estar "profundamente contente" com a vitória de Trump, dizendo esperar que o Reino Unido beneficie da sua presidência.

Merkel já ligou a Trump. Hollande telefona hoje

Um porta-voz do governo alemão confirmou que a chanceler Angela Merkel já falou com o futuro presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. A conversa deu-se esta quinta-feira, 10 de Novembro, focando-se na continuidade da relação entre os dois países.

Já o presidente francês François Hollande vai ligar a Trump esta sexta-feira, na esperança que este clarifique a sua posição em questões como os conflitos na Síria e na Ucrânia ou o acordo nuclear com o Irão.

"O meu dever é garantir que temos as melhores relações possíveis com os Estados Unidos, mas essa relação é baseada em franqueza e clareza", afirmou à televisão francesa France2.

Disney quer descida de impostos para empresas

A Disney, que foi das primeiras empresas a apresentar resultados desde que Donald Trump ganhou as eleições presidenciais, foi questionado sobre o impacto que esta escolha poderia ter no negócio. Um efeito esperado, admitiu o presidente da companhia, Robert Iger, citado pelo Wall Street Journal, é a descida nos impostos.

"Já não somos competitivos em relação ao resto do mundo", declarou.

A Disney pretende a redução de impostos sobre as empresas e diz que tem feito pressão para que isso aconteça. 

Para já uma mudança nos parques temáticos da Disney está já a ser preparada. Um busto do presidente eleito Trump está a ser construído para entrar no memorial aos presidentes norte-americanos.

Buffett "optimista" com era Trump apesar de ter apoiado Clinton
Buffett 'optimista' com era Trump apesar de ter apoiado Clinton

O multimilionário Warren Buffett – que apoiou a candidata democrata Hillary Clinton - diz que ainda está optimista em relação aos Estados Unidos após a vitória de Donald Trump e que a reacção das bolsas a esse facto será positiva a longo prazo.

O presidente executivo da Berkshire Hathaway continua a apontar problemas graves a Trump enquanto empresário e continua a acreditar que Hillary Clinton tem um melhor temperamento que o adversário republicano e agora Presidente eleito. Mas que é disparatado pensar que as acções não vão regressar aos ganhos no longo prazo.

"O mercado accionista vai crescer dentro de 10, 20, 30 anos e isso aconteceria com Hillary e... acontecerá com Trump," afirmou, em declarações à CNN reproduzidas pela Reuters e Bloomberg.

Questionado sobre se se sente optimista em relação aos EUA, acrescentou: "A 100%. (…) O sistema de mercado funciona," acrescentou.

De acordo com a Forbes, na quarta-feira (dia seguinte à eleição de Trump), a fortuna de Buffett terá engordado 1,7 mil milhões de dólares para 68 mil milhões (cerca de 62,3 mil milhões de euros à cotação actual) com os ganhos em bolsa.

Buffett desafiou Trump durante a campanha a mostrar publicamente os seus rendimentos, acusando-o de ter algo a esconder por se recusar a fazê-lo e falou publicamente contra o candidato republicano quando este sugeriu ter feito sacrifícios, comparando-se ao capitão Humayun Khan, que morreu em combate no Iraque em 2004. 

"Como é que é possível surgir à frente dos pais [de Khan] que perderam um filho e falar de sacrifícios porque esteve a construir um monte de prédios?," questionou Buffett.

União Europeia discute Trump em jantar

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão discutir num jantar informal no próximo domingo, 13 de Novembro, o futuro das relações com os Estados Unidos da América após a eleição de Donald Trump.

Mal conheceu o resultado das eleições, a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mogherini, convidou os 28 chefes de diplomacia a deslocarem-se a Bruxelas um dia antes do Conselho agendado para segunda-feira.

Portugal estará representado por Augusto Santos Silva.

"Em breve tomarei decisões importantes sobre as pessoas que integrarão o nosso governo"
O futuro presidente dos Estados Unidos da América está a ter um "dia ocupado em Nova Iorque". Foi o próprio a dar a contar no Twitter. "Em breve tomarei decisões importantes sobre as pessoas que integrarão o nosso governo", acrescentou.

Trump já tinha voltado esta sexta-feira, 11 de Novembro, ao Twitter para considerar que os grupos de manifestantes revelavam "paixão" pelo seu país. Isto poucas horas depois de acusar os órgãos de comunicação a incentivar os protestos que classificava como "injustos".
Onde anda Hillary Clinton?
Dois dias depois de reconhecer a derrota, Hillary Clinton foi vista a passear o cão em Nova Iorque. O relato foi feito por Margot Gerster, que tinha ido passear com a sua filha em Chappaqua e se cruzou com a líder democrata, de quem é apoiante. Bill Clinton tirou a fotografia das duas.
A próxima casa dos Obama
Depois de sair da Casa Branca em Janeiro, a família Obama vai manter-se por Washington. E já tem nova morada, no bairro de Kalorama. A casa data de 1928, conta com nove quartos e oito casas de banho. Está avaliada em mais de cinco milhões de dólares.
Obama não mudou de opinião

Barack Obama adoptou um discurso conciliatório com Donald Trump mas continua a acreditar que o republicano não é a pessoa indicada para ser presidente dos Estados Unidos da América. Citado pelo Politico, o responsável de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, explicou que Obama não mudou de opinião.

"A visão do presidente não mudou. Ele mantém o que disse durante a campanha", afirmou. E acrescentou: "O povo americano decidiu. A eleição terminou. Não é ao presidente mas ao povo americano que cabe escolher o seu successor".

Barack Obama já fez saber que procurará uma transição de poder tão suave quanto possível, apesar das "diferenças significativas" – palavras do próprio – que o separaram de Trump. Após o encontro desta quinta-feira, 10 de Novembro, na Casa Branca, o futuro presidente mostrou-se disponível para receber o aconselhamento de Obama daqui em diante.

Melania Trump recebida por Michelle Obama
Melania Trump recebida por Michelle Obama
Enquanto Barack Obama e Donald Trump davam arranque, na Sala Oval, ao processo de transição de poder, outra conversa tinha lugar na Casa Branca. A actual e a futura primeira-dama também estiveram reunidos. Michelle Obama procurou mostrar os "cantos à casa" a Melania Trump. Não faltou chá.
Dia dos Veteranos de Guerra
Esta sexta-feira, 11 de Novembro, é Dia dos Veteranos de Guerra nos Estados Unidos. Donald Trump, o próximo presidente do país, já prestou homenagem no Twitter.
Trump puxa pela banca e afunda tecnológicas

O índice industrial Dow Jones, que ontem marcou a meio da sessão um novo máximo histórico nos 18.808,35 pontos, segue a ganhar terreno muito timidamente, com uma subida marginal de 0,06% para 18.819,72 pontos.

 

O Standard & Poor’s 500, por seu lado, recua 0,20% para 2.162,67 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite volta a estar em terreno negativo, a ceder 0,21% para 5.197,84 pontos.

 

A Bloomberg sublinha o facto de o mercado norte-americano estar radicalmente polarizado relativamente à vitória de Trump, sendo evidente quem estão a ser os vencedores e perdedores nas bolsas.

 

Os títulos industriais, os da banca e os das farmacêuticas têm estado a ter as melhores reacções a uma Administração Trump.

 

Com efeito, a contribuir para o recorde do Dow Jones na quinta-feira está o facto de as acções ligadas ao sector industrial estarem a ter um desempenho largamente positivo, já que nos planos de Trump está o aumento da despesa pública em infra-estruturas.

 

Por arrasto, também as matérias-primas ligadas a materiais usados na construção estão a ganhar terreno, como é o caso do cobre, cujos preços têm estado a disparar.

 

Já os bancos e as farmacêuticas estão a beneficiar da expectativa de que o presidente eleito norte-americano e o Congresso – controlado pelos republicanos – revertam alguns dos regulamentos mais pesados para estes sectores, como é o caso da lei Dodd-Frank na banca.

 

E um perdedor que se tem evidenciado é o sector tecnológico, visto que as empresas deste ramo operam bastante fora de portas e estão receosas do impacto que poderão ter as políticas daquele que irá ser o novo presidente no que diz respeito ao comércio – já que este defende medidas proteccionistas e falou mesmo em reverter alguns acordos comerciais importantes já estabelecidos e em curso.

Hollande e Trump vão "clarificar" posições em temas como Irão ou clima
Hollande e Trump vão 'clarificar' posições em temas como Irão ou clima
O Presidente francês François Hollande falou esta sexta-feira ao telefone com o Presidente eleito dos EUA, avança a Reuters citando fonte próxima do Eliseu.

Durante a conversa, Trump e Hollande concordaram em "clarificar posições em assuntos-chave", nomeadamente na guerra contra o terrorismo, sobre a Ucrânia, Síria, o acordo nuclear com o Irão, além do acordo sobre alterações climáticas.

No dia seguinte às eleições, o Chefe de Estado francês enviou uma carta a Trump em que afirmou que os EUA são um "parceiro de primeiro plano" de França em temas como a paz, a luta contra o terrorismo, a situação no Médio Oriente, as relações económicas ou a preservação do planeta.

"Devemos encontrar respostas. Elas devem permitir-nos ultrapassar os medos, mas também respeitar os princípios em que nos fundamos: a democracia, as liberdades, o respeito por cada individuo," lê-se na carta então enviada.

Obama presta homenagem aos veteranos de guerra
EnquantoDonaldTrump se desdobra entre encontros em Nova Iorque para definir a equipa que levará a cabo a sua transição para a Casa Branca,BarackObama presta homenagem no Cemitério Nacional deArlington, junto ao Túmulo do Soldado Desconhecido, monumento dedicado aos americanos que perderam a vida durante a guerra sem terem sido identificados posteriormente.
Acções europeias em queda, Wall Street indefinida
Acções europeias em queda, Wall Street indefinida
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O último dia da semana foi de perdas para os principais índices europeus. Depois de uma primeira resposta positiva dos investidores ao discurso de vitória de Trump e das suas primeiras propostas económicas - baixar impostos para empresas e famílias e gastar 500 mill milhões de dólares na recuperação de infra-estruturas -, os analistas realçam a necessidade de conhecer mais em pormenor as intenções da administração Obama.

Os títulos da construção e das commodities ditaram perdas no Velho Continente - onde o balanço semanal até foi positivo - e apenas as praças de Milão e Frankfurt registaram valorizações. Lisboa fechou em mínimos de quatro meses, penalizada pela prestação da Galp (numa altura em que os preços do petróleo caem mais de 2% em Londres depois da OPEP ter comunicado aumento da produção em Outubro) e do universo EDP, perante a exposição ao mercado norte-americano onde Trump prometeu favorecer as energias fósseis.

Em Wall Street as negociações estão entre ganhos e perdas, com o industrial Dow Jones e o mais representativo índice - o S&P 500 - estão em queda, enquanto o tecnológico Nasdaq recupera das recentes perdas.
Richard Branson: vitória de Trump é "assustadora" e "terrível"
Richard Branson: vitória de Trump é 'assustadora' e 'terrível'

O empresário Richard Branson, fundador do grupo Virgin, classifica os resultados das eleições de terça-feira passada, que deram a vitória ao republicano Donald Trump, com adjectivos como "triste" e "assustadora".

"É muito triste, muito assustador e muito preocupante", disse num evento, citado pela CNBC. Branson disse ter recebido centenas de mensagens de correio electrónico de empregados seus, alguns perguntando-lhe como podem mudar-se para as Ilhas Virgens britânicas, onde Branson vive.

"É terrível quando se abandona todos estes assuntos. (...) [A questão do] aquecimento global e os cuidados de saúde universais podem sofrer um retrocesso quase irreparável, [tal como] a ajuda aos refugiados, os direitos dos homossexuais. (...) Temos uma situação potencialmente terrível à nossa frente," disse.

Já o impacto na economia "pode não ser tão mau". "Esperamos não ir à falência ao longo dos próximos três ou quatro anos," afirmou.

Afinal Clinton não ganhou... e 125 mil Newsweek tiveram de ser recolhidas
As sondagens, os especialistas, os analistas, os mercados. Todos apontavam numa direcção antes de terça-feira: Hillary Clinton seria a primeira Presidente mulher dos EUA e a 45.ª chefe de Estado norte-americana. Só que se enganaram. E com eles também os meios de comunicação social.

De tal ordem que uma edição de 125 mil exemplares da Newsweek foi impressa com a vitória de Clinton na capa da publicação. "Madam President", titulava a revista. É verdade que a capa com Hillary era uma das duas opções que o órgão de comunicação social tinha preparado de antemão a prever ambos os cenários. Mas a precipitação fez com que esta versão fosse impressa, mesmo quando Trump viria a ser declarado vencedor.

"Como todo o mundo, enganámo-nos," reconheceu Tony Romando, director executivo da Topix Media, uma empresa licenciada para produzir a publicação. 

Num tweet, a Newsweek explica isso mesmo - que a impressão foi feita por um terceiro e não pela Newsweek. Ainda assim, a edição que nunca chegou a ser vendida pode agora tornar-se num objecto desejado pelos coleccionistas. 

Ecos da eleição nos EUA na criação de novo partido na Ucrânia

O antigo Presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, lançou esta sexta-feira um novo partido na Ucrânia com o objectivo de combater a corrupção. E usou imagens de um antigo vídeo onde surge ao lado do agora Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em que o magnata do imobiliário apontava o exemplo de Saakashvili como um reformista-modelo.


"O nosso objectivo é mudar aquilo a que se chama a nossa actual elite política (…), trazer pessoas que estejam prontas a trabalhar pelo país, não pelo seu clã ou grupo oligarca," afirmou.


O anúncio da criação do partido surge depois de se ter demitido de governador da região de Odessa, criticando o Presidente ucraniano Petro Poroshenko de obstruir as reformas em curso naquele território.

México espera que Trump seja melhor Presidente que candidato
México espera que Trump seja melhor Presidente que candidato

O Governo mexicano manifestou-se optimista em que Donald Trump venha a tornar-se mais respeitador do país e da relação EUA-México enquanto Presidente do que quando era candidato presidencial, avança a Bloomberg, citando um diplomata do país na América do Norte.

O Presidente Enrique Peña Nieto (na foto) falou com 
Trump esta quarta-feira, felicitando-o pela vitória. Os dois deverão encontrar-se presencialmente antes da tomada de posse, afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Carreno à agência noticiosa.

O peso mexicano afunda esta sexta-feira pela terceira sessão consecutiva, para mínimos históricos, a reflectir a vitória de Trump. Enquanto candidato, o agora Presidente eleito prometeu construir um muro na fronteira com o México e obrigar aquele país a suportar os encargos, além de deportar milhões de imigrantes sem documentação.

Dow Jones em máximos regista melhor semana dos últimos cinco anos
Dow Jones em máximos regista melhor semana dos últimos cinco anos

O índice industrial Dow Jones, que ontem marcou a meio da sessão um novo máximo histórico, nos 18.808,35 pontos, terminou esta sexta-feira a marcar um recorde de fecho pelo segundo dia consecutivo, ao somar 0,21% para 18.847,66 pontos.

No acumulado da semana, o Dow Jones ganhou 5,4%, naquela que é a sua maior valorização semanal desde Dezembro de 2011.

O Standard & Poor’s 500, em contrapartida, recuou ligeiramente, ao ceder 0,10% para 2.164,37 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite conseguiu regressar a terreno positivo, ao valorizar 0,54% para 5.237,11 pontos.

As acções ligadas ao sector industrial estão a ter um desempenho muito positivo – o que levou o Dow Jones ao novo recorde – já que nos planos de Trump está o aumento da despesa pública em infra-estruturas.

Na esteira dos títulos industriais estão as acções das matérias-primas ligadas a materiais usados na construção, como é o caso do cobre, cujos preços dispararam nas últimas sessões – tendo esta sexta-feira corrigido, uma vez que muitos investidores preferiram proceder à tomada de mais-valias.

Além disso, também os bancos e as farmacêuticas têm estado a beneficiar da expectativa de que o presidente eleito e o Congresso – controlado pelos republicanos – revertam alguns dos regulamentos mais pesados para estes sectores, como é o caso da lei Dodd-Frank na banca. Só o sector da banca acumulou um ganho de 10% nas últimas cinco sessões.

Em alta têm estado também as empresas com baixas capitalizações bolsistas, as chamadas "small caps", que estão a ganhar terreno há seis jornadas consecutivas. A razão, segundo a Bloomberg, poderá ter a ver com a especulação de que as políticas de Trump "viradas para dentro" irão favorecer as empresas mais focalizadas no mercado interno.

Mas também há perdedores notórios desde que se soube que será Trump que vai ocupar a Casa Branca a partir de 20 de Janeiro, com destaque para as utilities (empresas de água, gás e electricidade), fundos de investimento imobiliário e bens de primeira necessidade, por se tratar de segmentos sensíveis à evolução das taxas de juro – tendo todos eles caído nos últimos cinco dias.

Também o sector tecnológico esteve a perder terreno desde quarta-feira, visto que as empresas deste ramo operam bastante fora de portas e estão receosas do impacto que poderão ter as políticas do novo presidente no que diz respeito ao comércio – já que este defende medidas proteccionistas e falou mesmo em reverter alguns acordos comerciais importantes já estabelecidos e em curso. No entanto, esta sexta-feira deu-se uma correcção e o conjunto do sector conseguiu ganhos ligeiros.

Fecho
O Negócios encerra, por hoje, o acompanhamento ao minuto do pós-eleições presidenciais nos EUA, com especial atenção às movimentações dos mercados e a todos os tópicos de relevância que têm marcado a actualidade nos últimos dias depois de se saber que será Donald Trump o próximo residente da Casa Branca. Continue a acompanhar-nos em negocios.pt
Os protestos continuaram esta madrugada nos Estados Unidos. Dois dias depois das eleições nos Estados Unidos da América. Donald Trump foi quinta-feira recebido por Barack Obama na Casa Branca.
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