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Líder do Nova Democracia confiante na vitória nas eleições gregas
O líder da Nova Democracia está confiante que o seu partido vai vencer as eleições de 20 de Setembro, apesar de todas as sondagens ainda darem vantagem ao Syriza, mas por uma escassa margem que varia entre um e 3,5 pontos percentuais.
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Evangelos Meimarakis, presidente provisório do Nova Democracia (ND), acredita que o seu partido será o vencedor das eleições antecipadas para 20 de Setembro na sequência da demissão do primeiro-ministro Alexis Tsipras, que se recandidata à frente de um Syriza que ainda surge à frente nas sondagens, mas muito mais enfraquecido.
Citado pelo jornal grego To Vima, Meimarakis disse nesta segunda-feira, 31 de Agosto, que o "Nova Democracia vai ser o partido mais votado". O eleitorado grego, acrescentou, votou "com raiva" nas eleições anteriores, que em Janeiro ditaram a derrota do seu partido. Mas o sucessor de Antonis Samaras acredita que muitos eleitores irão reconsiderar o seu sentido de voto e questionar-se sobre se valeu a pena dar a vitória ao Syriza, o que diz ter custado ao país 90 mil milhões de euros.
Falando numa acção de campanha, o líder do ND disse ser importante assegurar a estabilidade política do país, prometeu não deixar caducar mais fundos europeus dos quadros comunitários de apoio, criticou o IVA a 23% no ensino particular e disse que fará marcha atrás em medidas que afectam os agricultores.
Já a meta da coligação da esquerda radical (Syriza) para as eleições antecipadas na Grécia é conseguir "uma maioria absoluta" para governar nos próximos quatro anos, afirmou este domingo, 30 de Agosto, o ex-primeiro-ministro e líder do partido, Alexis Tsipras. "É simples, claro e democrático: pedimos um mandato forte, uma maioria absoluta para um governo do Syriza", disse numa entrevista ao semanário grego Realnews. E acrescentou: "É uma oportunidade para sair do bipartidarismo da Nova Democracia [ND, direita] e do PASOK [socialistas gregos]", as duas formações que têm dominado a vida política grega durante "os últimos quarenta anos (...). É fundamental não voltar para trás e dar um salto para a frente".
As mais recentes sondagens indicam que o Syriza tem uma vantagem curta, entre 1 e 3,5 pontos percentuais , face ao seu principal adversário, a ND, e uma votação provável sempre bem abaixo dos 36,3% obtidos nas legislativas de 25 de Janeiro último – ou seja, sete meses depois de ter estado a governar, Tsipras está ainda mais longe de um possível cenário de maioria absoluta. Não obstante, Alexis Tsipras já excluiu qualquer cooperação com os partidos "do velho sistema político", indicando que só o partido populista de direita Os Gregos Independentes (Anel), o seu parceiro governamental durante os últimos oito meses, poderia desempenhar esse papel.
As três primeiras sondagens já publicadas após a marcação de eleições sugerem que o Syriza e o Anel não voltarão a conseguir formar governo. Um estudo do Metron para o Parapolotika atribui 22,2% de intenções de voto ao Syriza, com uma vantagem de apenas 1 ponto percentual em relação à Nova Democracia, e ao Anel apenas 1,7%, abaixo do limiar mínimo de 3% exigido para um partido entrar no Parlamento.
Uma outra sondagem, do MRB para o jornal Agora, coloca a coligação de esquerda radical com 24,6% com uma vantagem de 1,8 pontos percentuais para a Nova Democracia (22,8%). Por fim, uma sondagem da ProRata para o Efimerida Ton Syntakton garantia 23% das intenções de voto para o Syriza, enquanto os conservadores que lideravam a oposição alcançam 19,5%.