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Lagarde diz que negociações com a Grécia beneficiariam com "mais maturidade"

A directora-geral do FMI, Christine Lagarde, disse na quarta-feira que as conversações entre a Grécia e os seus credores beneficiariam com "mais maturidade", numa entrevista à televisão norte-americana CNN.

Bloomberg
02 de Julho de 2015 às 07:43
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"Dado o nível de incerteza, confusão e constantes movimentações, penso que é preciso um pouco mais de maturidade" nas negociações, disse.

 

Lagarde suscitou polémica quando, após a reunião do Eurogrupo de 19 de Junho, afirmou numa conferência de imprensa que as conversações com a Grécia tinham de ser retomadas "mas com adultos na sala".

 

Na entrevista de hoje, Lagarde afirmou que o incumprimento no pagamento do reembolso de 1,5 mil milhões previsto para terça-feira "não foi claramente um desenvolvimento positivo" porque impede o Fundo Monetário Internacional de novos financiamentos à Grécia.

 

Para sair desta situação e beneficiar do apoio dos credores internacionais, sustentou, a Grécia tem de fazer mais reformas estruturais como as previstas nos acordos assinados nos últimos cinco anos com o FMI e as instituições europeias (Comissão Europeia e Banco Central Europeu).

 

"Há reformas estruturais, ajustamentos fiscais, a fazer para assegurar que o país está numa trajectória sustentável", disse Lagarde.

 

Os países membros do FMI "gostariam de ver a situação resolvida Euro a incerteza afastada", disse. "Estão também muito interessados em que a questão seja resolvida de uma forma equilibrada e não querem mesmo que haja tratamento especial" a um país, acrescentou.

 

"Quer se olhe para a Irlanda ou Portugal, na Zona Euro, ou se olhe para outros países noutros continentes, estas situações acontecem, os países têm de tomar medidas difíceis", disse.

 

A responsável do FMI assegurou que é sensível às necessidades do povo grego e que quando os credores exigem maiores receitas fiscais esperam que os impostos "sejam pagos especialmente por aqueles que são mais ricos".

 

"Por outro lado, é claro que tem de haver uma rede de segurança estabelecida gradualmente" para os mais vulneráveis.

 

E, sublinhou, que apesar de a Grécia estar em incumprimento, o FMI "vai manter-se envolvido, é essa a missão do fundo".

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