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Juros portugueses sobem após Itália pagar mais caro em leilão de dívida

As taxas de juro implícitas na dívida pública portuguesa estão a subir depois de um leilão em que Itália viu os seus custos de financiamento aumentarem, devido à crise política que se vive com a potencial expulsão de Berlusconi do Senado.

12 de Setembro de 2013 às 10:58
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Os juros implícitos nas obrigações portuguesas estão a subir na generalidade das maturidades, após um leilão de obrigações em que Itália se financiou ao custo mais elevado desde Outubro último.

 

Os juros implícitos nas obrigações portuguesas a 10 anos negociadas no mercado secundário de dívida ascendem 0,1 pontos base para 7,139%, segundo as taxas genéricas da Bloomberg. No prazo de cinco anos, a subida é de 0,1 pontos base para 6,615% enquanto a yield implícita na dívida a dois anos segue inalterada nos 5,352%.

 

Antes do leilão de dívida em Itália os juros portugueses estavam em queda ligeira. O governo de Itália colocou dívida com maturidade no prazo de três anos ao custo mais elevado dos últimos 11 meses. A "yield" implícita nas obrigações com maturidade em Novembro de 2016 foi de 2,72% e compara com a taxa de 2,33% conseguida na última operação comparável. Isto, num altura em que os investidores receiam que a potencial expulsão de Sílvio Berlusconi do Senado leve à queda do governo de Enrico Letta.

 

Uma comissão do Senado propõe-se votar a continuidade de “Il Cavalieri” no órgão de soberania. Contudo, a votação que era para ter lugar na segunda-feira tem sido adiada sucessivamente. As conversações da comissão prosseguem esta quarta-feira.

 

No mercado secundário, os juros de Itália a 10 anos seguem em alta de 0,8 pontos base para 4,537%, tendo invertido a tendência de baixa que predominou antes do leilão que teve lugar esta manhã. Os juros implícitos na dívida de de Espanha descem 1,3 pontos base para 4,475%. Na Alemanha, a taxa implícita nos títulos com o mesmo prazo diminui três pontos base para 2,01%.

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