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Eurogrupo aprova medidas de alívio da dívida da Grécia
Os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram a acordo para aliviar as condições de pagamento da dívida grega. Atenas terá mais tempo para pagar uma parte do primeiro resgate e uma redução dos juros cobrados em operações relacionadas com o segundo. Objectivo é criar condições para o FMI aceitar financiar o terceiro resgate, em vigor.
O Eurogrupo chegou a acordo sobre medidas, que serão implementadas "nas próximas semanas", para ajudar a aliviar o peso da dívida grega. O objectivo é criar condições para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aceite financiar parte do terceiro resgate, em vigor.
"Hoje, o Eurogrupo discutiu outra vez a sustentabilidade da dívida pública grega, com o objectivo de [o país] recuperar o acesso ao mercado", pode ler-se no comunicado emitido esta segunda-feira, 5 de Dezembro, pelo Eurogrupo.
"Neste contexto, o Eurogrupo aprovou uma série de medidas com base em propostas do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)" e que passam por alargar a maturidade do pagamento do empréstimo concedido pelo extinto Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), no âmbito do primeiro resgate. Assim, esta parcela do empréstimo poderá ser reembolsada em 32,5 anos".
Além desta medida foi também decidido reduzir a taxa de juro cobrada numas operações de recompra de dívida, no âmbito do segundo resgate financeiro.
"As medidas de curto-prazo vão ter um impacto positivo significativo para a estabilidade da dívida grega", adianta o comunicado, que não quantifica esse efeito.
Klaus Regling, director do MEE, adiantou que é difícil nesta fase "quantificar" o valor do conjunto de medidas, de acordo com a Lusa.
A Grécia recebeu, desde 2010, três pacotes de financiamento externos. A discussão em torno do alívio da dívida, que se encontra em torno dos 180% do produto interno bruto (PIB), tem sido reclamada pelo governo de Atenas, que a considera insuportável, mas também pelo FMI, que tem pedido aos europeus para aligeirar o fardo a troco da eventualidade de voltar a financiar o país.