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Eurodeputados portugueses tranquilos com qualquer resultado na Grécia

A possibilidade de o partido de esquerda Syriza ganhar as eleições gerais de dia 25, na Grécia, não apoquenta eurodeputados portugueses ouvidos pela Lusa, que não temem consequências para Portugal nem para a zona euro.

Miguel Baltazar
19 de Janeiro de 2015 às 09:15
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O deputado europeu socialista Carlos Zorrinho considera, em declarações à Lusa, que "se o Syriza vencer as eleições na Grécia isso significa que a maioria dos gregos quer continuar na União Europeia e no Euro, mas querem fazê-lo numa lógica de integração cooperante e não num quadro punitivo".

 

Se o partido liderado por Alexis Tsipras vencer as eleições, salienta, "a União Europeia e o Eurogrupo terão que decidir se aceitam que há caminhos diferentes para integrar o Euro ou se a receita falhada da austeridade continua a ser a única receita possível".

 

Já Paulo Rangel (PSD) defende que "a zona euro já tem instrumentos e consistência para sobreviver sem problemas e resistirá sem grandes tragédias" a qualquer que seja o resultado das legislativas gregas. "O cenário de que um problema na Grécia pudesse ter contágio está afastado", adianta, mas ressalva que o caminho que espera para o país pode ser "mais escorreito ou mais turbulento".

 

"As consequências dependem do programa que o futuro governo apresentar, nomeadamente sobre se está disposto a cumprir as obrigações assumidas".

 

A eurodeputada Marisa Matias (BE) – que participa na campanha eleitoral do Syriza – defende que a vantagem do partido nas sondagens "é o abrir de uma nova esperança, porque é a primeira vez que uma força que se coloca contra a austeridade tem a possibilidade de ganhar".

 

O Syriza exclui uma saída da Grécia do euro porque isso conduziria à ruptura da zona euro e a mais austeridade, precisamente o que o partido grego quer combater se vencer as eleições de 25 de Janeiro, garantiu Yannis Miliós, um dos quatro economistas responsáveis pelo programa económico do partido de esquerda grego, numa recente entrevista à agência espanhola EFE.

 

O programa económico do Syriza, batizado "Programa de Salónica", assenta, explicou, em três pilares - "a luta contra a crise humanitária", "o relançamento da economia e a estabilização do mercado" e "a reforma do Estado" -- e tem um custo total de 12 mil milhões de euros.

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