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Contactos de Costa com Merkel e Schulz foram cruciais para candidatura de Centeno

As conversas mantidas pelo primeiro-ministro português com a chanceler alemã e o líder dos social-democratas germânicos foi decisiva para dar luz verde à candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo. Costa também terá garantido apoio da França.

Fabrizio Bensch/Reuters
Negócios 01 de Dezembro de 2017 às 10:40
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A decisão de avançar com a candidatura do ministro português das Finanças à liderança do Eurogrupo surgiu perto da 25.ª hora e a luz verde só foi dada depois de António Costa ter garantido o apoio da Alemanha e da França.

 

O semanário Expresso reporta esta sexta-feira, 1 de Dezembro, que a candidatura portuguesa protagonizada por Mário Centeno "só avançaria se tivesse a certeza da vitória", certeza essa que terá chegado depois de Lisboa ter granjeado o apoio da famílias dos socialistas europeus e após o primeiro-ministro ter contactado os líderes dos dois pesos-pesados da União Europeia e da Zona Euro: Alemanha e França.

 

Na edição de hoje, o DN acrescenta que António Costa se reuniu na quarta-feira, à margem da cimeira UE-União Africana, que decorreu na Costa do Marfim, com os líderes da Alemanha, França e também da Itália.

 

Se o apoio de Paris terá sido mais fácil de alcançar, até pela perspectiva em grande medida coincidente sobre o futuro da moeda comum e da União partilhada pela dupla Costa-Centeno e pelo presidente francês Emmanuel Macron, o apoio de Roma chegou depois de o também putativo candidato ao Eurogrupo Pier-Carlo Padoan ter renunciado avançar devido à incerteza política que pende sobre Itália tendo em conta as eleições do próximo ano.

 

Já para garantir o apoio de Merkel, que pertence ao PPE, terá sido decisivo o volte-face nas negociações com vista à formação de governo na Alemanha, numa altura em que a chanceler negoceia uma nova grande coligação com os social-democratas de Martin Schulz (PSE).  O Expresso escreve que confirmado o início de conversações entre Merkel e Schulz, António Costa "não perdeu tempo e entrou em contacto com o líder do SPD".

 

Perspectivando-se um reforço da posição do SPD num novo governo face ao actual executivo também formado com base na aliança de bloco central entre os democratas-cristãos e os social-democratas, Merkel viu reduzir-se a margem de manobra para recusar apoiar um candidato como Centeno, membro de um governo socialista que partilha a intenção de maior integração europeia e partilha de riscos tal como defende o ex-presidente do Parlamento Europeu.

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