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BCE aumenta linha de emergência aos bancos gregos e não mexe nos colaterais

A linha de liquidez de emergência disponível para os bancos gregos foi elevada em 1,1 mil milhões de euros e as condições de acesso aos fundos do banco central ficaram para já inalteradas.

Bloomberg
Negócios 12 de Maio de 2015 às 15:38
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O Banco Central Europeu aumentou a linha de liquidez de emergência (ELA) destinada aos bancos gregos em 1,1 mil milhões de euros para um total de 80 mil milhões de euros e, ao contrário do que chegou a ser noticiado, não agravou as condições de acesso das instituições ao dinheiro que, neste caso, é garantido pelo banco central grego.

 

Apesar da reunião de ontem do Eurogrupo ter terminado sem acordo entre Atenas e os parceiros europeus, o BCE optou por manter o desconto aplicado aos activos que os bancos gregos têm de entregar como garantia nos empréstimos que contraem. Segundo a Bloomberg, a decisão foi tomada numa reunião por teleconferência do Conselho de Governadores.

 

O BCE manteve também inalterada a sua decisão de não aceitar títulos de dívida grega como colateral nas operações de financiamento à banca dos países do euro, contrariando as expectativas ontem manifestadas pelo ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis.

 

Em 5 de Fevereiro, o BCE decidiu deixar de aceitar como colateral dívida grega - que é classificada de "lixo" por todas as agências de rating - por "já não ser possível assumir uma conclusão bem-sucedida" da quinta avaliação do programa de assistência, o que significa um elevado risco de incumprimento da Grécia, que entretanto não se reduziu. O programa de assistência financeira da troika foi entretanto prolongado, a pedido de Atenas, até ao fim de Junho, mas até ao momento não foi possível chegar a um entendimento entre o governo grego e os seus credores sobre o cardápio de medidas concretas que deve ser implementado para que possa ser desbloqueada a última fatia, de 7,2 mil milhões de euros, deste segundo resgate. 

 

Os bancos gregos que não tenham outro colateral para fornecer podem aceder à linha de emergência, ELA, cujo limite máximo de utilização tem sido regularmente elevado, embora em pequenas doses. Esta linha é mais cara e é garantida pelo banco central da Grécia, não pelo BCE.

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