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Tsipras enfrenta primeira greve geral como líder de Governo

Esta quinta-feira a Grécia assistiu à sua primeira greve geral da era Tsipras que fica marcada por episódios de violência junto ao Parlamento e ao Banco Central grego contra as medidas de austeridade a que o país foi sujeito.

12 de Novembro de 2015 às 21:19
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A Grécia viveu esta quinta-feira a sua primeira greve geral sob o Governo liderado por Alexis Tsipras, uma greve convocada pelos principais sindicatos do país contra as medidas de austeridade do terceiro resgate.

O primeiro-ministro grego, reeleito em Setembro, venceu as eleições em Janeiro prometendo que colocaria um ponto final nas medidas de austeridade, mas acabou por assinar o terceiro resgate da Grécia, sob a ameaça de uma eventual saída da Zona Euro. Os contínuos cortes nas pensões e o aumento dos impostos foram algumas das motivações que levaram os manifestantes à rua e que os sindicatos acusam de não cumprir o programa eleitoral inicialmente proposto por Tsipras.

O jornal norte-americano New York Times estima que cerca de 20 mil gregos se tenham dividido em três manifestações, em protestos maioritariamente pacíficos, embora se tenham registado algumas acções isoladas violência e de vandalismo. Ainda durante a manhã, a polícia grega teve de recorrer a gás pimenta para dispersar os manifestantes que atiravam cocktails molotov e pedras. Um dos edíficios afectados foi a sede do Banco Central grego, em Atenas.

Voos foram cancelados, devido à adesão à greve do sindicato do pessoal da aviação civil e da companhia aérea Olympic Airway. Também hospitais, farmácias e serviços administrativos funcionaram com os seus serviços reduzidos. Alguns serviços públicos, como escolas, museus e o sector dos transportes estiveram completamente encerrados.

Uma porta-voz do Governo negou entretanto as acusações de que o Executivo grego estaria a ser um agente duplo, ao mostrar apoio à greve geral, argumentando que o acordo de resgate "tem medidas injustas".

No início desta semana, os ministros das Finanças da Zona Euro estiveram reunidos. À margem do encontro, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, elogiou os "muitos progressos" feitos por Atenas na implementação do novo programa de ajustamento e a cooperação e disse esperar que o mais tardar até ao início da próxima semana estejam reunidas as condições entre o Governo grego e os seus credores para o desembolso de dois mil milhões de euros em atraso.
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