Notícia
Sucessora de Merkel na liderança da CDU demite-se, mas continua como ministra
Annegret Kramp-Karrenbauer (conhecida como AKK), a sucessora de Merkel no partido, confirmou que vai demitir-se da liderança da CDU, mas ficará como ministra da Defesa.
Annegret Kramp-Karrenbauer (conhecida como AKK na imprensa alemã), a sucessora da chanceler Angela Merkel no partido, anunciou que vai demitir-se da liderança do partido e que não se candidatará a chanceler, de acordo com a Bloomberg, que cita um porta-voz da CDU (partido democrata-cristão). A informação foi posteriormente confirmada pela própria em conferência de imprensa.
AKK era vista como a sucessora natural de Merkel, a qual já anunciou que não se irá recandidatar a chanceler, cargo que ocupa desde 2005. No entanto, na semana passada a CDU enfrentou uma polémica, o que poderá estar relacionado com esta demissão.
Em causa esteve o apoio no estado de Turíngia a um Executivo dos liberais liderados por Thomas Kemmerich que também contou com os votos da extrema-direita, a AfD (Alternativa para a Alemanha), sobre a qual havia um "cordão sanitário" no sistema político alemão até ao momento. O caso - que Merkel apelidou de "imperdoável" - levou à demissão do Governo regional para a realização de novas eleições.
De acordo com o Financial Times, Annegret Kramp-Karrenbauer - que ganhou a corrida para suceder a Merkel em dezembro de 2018 - aconselhou a liderança local da CDU a não apoiar o candidato ao lado da AfD, mas foi desautorizada. Este episódio, em conjunto com outras gaffes, levaram à queda da sua autoridade dentro do partido e nas intenções de voto das sondagens.
Com a demissão da liderança do partido fica também inviável uma candidatura a chanceler. De acordo com o porta-voz da CDU, AKK considera que o líder do partido e o candidato a chanceler devem ser a mesma pessoa. As eleições federais realizam-se no próximo ano entre agosto e outubro.
A ainda líder da CDU é também ministra da Defesa, cargo que assumiu em substituição de Ursula von der Leyen, que saiu para ser presidente da Comissão Europeia. De acordo com a Reuters, Merkel quer que AKK continue no Governo. Na conferência de imprensa, a própria confirmou que irá manter-se no Executivo até ao final da legislatura e disse que não esperava que a sua decisão tivesse impacto na estabilidade da coligação de Governo (democratas-cristãos com os sociais-democratas do SPD).
Segundo a Bloomberg, a sucessão de AKK não será imediata, sendo tratada durante o verão, pelo que continuará como presidente do partido até se encontrar outro candidato. Mantendo a sua linha política, Annegret Kramp-Karrenbauer apelou aos militantes do partido para continuarem a fechar a porta tanto à extrema direita (AfD) como à extrema esquerda (Die Linke).
(Notícia atualizada às 13h44 com mais informação)
AKK era vista como a sucessora natural de Merkel, a qual já anunciou que não se irá recandidatar a chanceler, cargo que ocupa desde 2005. No entanto, na semana passada a CDU enfrentou uma polémica, o que poderá estar relacionado com esta demissão.
De acordo com o Financial Times, Annegret Kramp-Karrenbauer - que ganhou a corrida para suceder a Merkel em dezembro de 2018 - aconselhou a liderança local da CDU a não apoiar o candidato ao lado da AfD, mas foi desautorizada. Este episódio, em conjunto com outras gaffes, levaram à queda da sua autoridade dentro do partido e nas intenções de voto das sondagens.
Com a demissão da liderança do partido fica também inviável uma candidatura a chanceler. De acordo com o porta-voz da CDU, AKK considera que o líder do partido e o candidato a chanceler devem ser a mesma pessoa. As eleições federais realizam-se no próximo ano entre agosto e outubro.
A ainda líder da CDU é também ministra da Defesa, cargo que assumiu em substituição de Ursula von der Leyen, que saiu para ser presidente da Comissão Europeia. De acordo com a Reuters, Merkel quer que AKK continue no Governo. Na conferência de imprensa, a própria confirmou que irá manter-se no Executivo até ao final da legislatura e disse que não esperava que a sua decisão tivesse impacto na estabilidade da coligação de Governo (democratas-cristãos com os sociais-democratas do SPD).
Segundo a Bloomberg, a sucessão de AKK não será imediata, sendo tratada durante o verão, pelo que continuará como presidente do partido até se encontrar outro candidato. Mantendo a sua linha política, Annegret Kramp-Karrenbauer apelou aos militantes do partido para continuarem a fechar a porta tanto à extrema direita (AfD) como à extrema esquerda (Die Linke).
(Notícia atualizada às 13h44 com mais informação)