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Passos propõe debate na UE sobre "política de imigração mais aberta"

O primeiro-ministro português propôs que a União Europeia (UE) debata "uma política de imigração mais aberta", que apontou como moralmente justa e potencialmente benéfica no médio prazo em termos económicos e sociais.

Bruno Simão/Negócios
11 de Maio de 2015 às 15:00
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Pedro Passos Coelho assumiu esta posição numa intervenção na II Cimeira de Presidentes da Assembleia Parlamentar da União para o Mediterrâneo, no Salão Nobre da Assembleia da República, em Lisboa.

 

"Sabemos que enfrentamos hoje, na UE, um contexto político e económico que limita as nossas escolhas. Estamos a sair de uma grave crise, que atingiu muito em particular países como Portugal. Assistimos à subida de partidos com uma agenda e uma retórica populista. Mas é importante termos igualmente presente a justiça moral inerente a uma política de imigração mais aberta e os benefícios económicos e sociais de médio prazo que dela podem resultar", afirmou.

 

O chefe do Executivo PSD/CDS-PP considerou que "as tragédias que se têm repetido no Mediterrâneo são profundamente revoltantes e merecem a mais séria reflexão, quer dos países de destino, quer dos países de origem e de trânsito".

 

Defendendo que é preciso "abordar as causas deste problema", Passos Coelho referiu que "a evolução da economia global nas últimas décadas tem levado ao agravamento das desigualdades entre países", acrescentando: "Por tudo isto, é importante termos, em cada um dos nossos países, um debate sério e aprofundado sobre a política de imigração que queremos".

 

O primeiro-ministro português disse ter em conta que "esta é uma matéria complexa, muitas vezes com custos políticos e financeiros de curto prazo nos países destino".

 

Contudo, assinalou que "os países europeus são, em geral, países envelhecidos e com perspectivas de crescimento relativamente baixas" e sustentou que "a entrada de imigrantes tem sido historicamente um elemento de dinamismo e de promoção do crescimento económico".

 

Segundo Passos Coelho, "uma política de imigração mais positiva, mais coerente nas suas várias dimensões, só faz sentido a nível europeu e em cooperação com os países de origem".

 

"Esperamos, por isso, que a agenda europeia para as migrações que a Comissão Europeia irá apresentar muito em breve permita introduzir este debate mais alargado sobre uma das principais prioridades da UE nos próximos anos e que, nos mecanismos multilaterais de cooperação entre norte e sul do Mediterrâneo, possamos continuar a procurar soluções comuns e mutuamente benéficas para os desafios que partilhamos", concluiu.

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