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Parlamento irlandês falha eleição de novo primeiro-ministro

Como era esperado, o novo parlamento revelou-se incapaz de eleger nesta quinta-feira um novo primeiro-ministro. Quer Enda Kenny, o ainda chefe de governo, quer o líder do maior partido da oposição, Micheal Martin, não conseguiram o apoio de uma maioria.

Bloomberg
Negócios 10 de Março de 2016 às 17:53
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O novo parlamento irlandês reuniu-se nesta quinta-feira para eleger um primeiro-ministro, mas a fragmentação política que resultou das eleições legislativas de 28 de Fevereiro tornou, como era esperado, impossível essa missão. Quer Enda Kenny, o ainda chefe de governo, quer o líder do maior partido da oposição, Micheal Martin, não conseguiram o apoio de uma maioria. Kenny recebeu mais 14 votos do que Martin.

Pela frente, há agora dois cenários dados como prováveis pelos analistas políticos: ou o Fine Gael (FG), o partido conservador do ainda primeiro-ministro (na foto), consegue um acordo inédito de coligação com o velho rival Fianna Fáil (FF) ou os irlandeses voltarão a ser chamados às urnas.

 

De acordo com o Irish Times, vários ministros do FG são defensores de uma grande coligação e o partido estará preparado para oferecer um acordo ao FF que pressupõe igual número de ministérios para cada partido e a possibilidade de a chefia do governo mudar de mãos após um período a negociar. Embora o FG ainda esteja a negociar com partidos menores e independentes, a sua liderança terá já chegado à conclusão de que uma coligação com o Fianna Fáil é a única forma de garantir um governo estável.

 

Já do lado do FF haverá maiores resistências à ideia de uma coligação ao centro. A preferência vai para o apoio a um governo minoritário do FG e preservar a capacidade de forçar novas eleições logo que o partido pressinta que as pode ganhar. O problema, escreve ainda o Irish Times, é que o Fine Gael prometeu na campanha formar um governo alternativo e Enda Kenny não estará disponível para ficar à frente de um governo "sem autoridade, só com responsabilidade".

 

Após eleições muito disputadas, o FG ficou com 50 lugares no parlamento e o Fianna Fáil com 44. O limiar da maioria no Dáil é de 79 assentos.

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