Notícia
Parlamento britânico volta a chumbar todas as alternativas ao Brexit
Pela segunda vez, deputados da Câmara dos Comuns do Reino Unido rejeitaram quatro moções que constituíam alternativas ao acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, que foi chumbado pela terceira vez na passada sexta-feira.
A moção C, de Ken Clarke, que indicava que o governo de Theresa May deveria negociar uma "união aduaneira permanente e abrangente com a UE" no acordo de saída, foi a que esteve mais perto de ser aprovada - com 273 votos a favor e 276 contra.
A moção D, do mercado comum 2.0, foi chumbada com 261 votos a favor e 282 votos contra. Propunha um modelo semelhante ao de países como a Noruega, com a entrada do Reino Unido na Associação de Comércio Livre Europeu (EFTA) e na Área Económica Europeia (EEA). Nick Boles, o seu autor, anunciou a demissão do Partido Conservador após o chumbo da moção no parlamento: "Falhei. Falhei porque o meu partido se recusa a fazer compromissos. Lamento anunciar que já não posso sentar-me com este partido".
De todas as propostas com alternativas ao Brexit, a que reuniu mais votos a favor foi a de um segundo referendo. A moção E, que propunha um voto de confirmação público independentemente do acordo aprovado por deputados, recebeu 280 votos a favor e 292 votos contra.
A última das moções, a G, passava por um pedido de extensão para a saída do Reino Unido da União Europeia por parte do seu governo. Caso Bruxelas não aceitasse, os deputados votariam entre uma saída sem acordo ou a revogação do Artigo 50.º do Tratado de Lisboa. Esta era a única das propostas que ainda não havia sido votada e foi a que sofreu a maior derrota: 191 votos a favor, 292 votos contra.
Na passada quarta-feira, recorde-se, as oito moções com alternativas ao acordo de saída foram chumbadas no parlamento britânico. Nessa altura, também a da união aduaneira foi a que este mais perto de passar – e hoje esperava-se que talvez tivesse luz verde, o que não aconteceu por pouco.