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Merkel vai procurar acordos isolados com Estados-membros sobre imigração

A chanceler alemã decidiu que irá tentar firmar acordos individuais com os Estados-membros da UE relativamente à questão dos imigrantes e dos pedidos de asilo, uma vez que não se chegou a uma "solução europeia".

4º Angela Merkel, Alemanha
EPA
Negócios 24 de Junho de 2018 às 19:16
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A mini-cimeira informal para debater os problemas das migrações, convocada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que decorreu este domingo na capital belga sem os países do Grupo de Visegrado - Hungria, Eslováquia, Polónia e República Checa, terminou sem uma solução comum para as questões dos imigrantes e dos pedidos de asilo.

 

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse no final do encontro que irá procurar celebrar acordos com os Estados-membros da União Europeia, isoladamente, dado considerar que o bloco não consegue encontrar rapidamente uma solução conjunta para uma questão que está a ameaçar o seu governo - e rapidez é o que Merkel precisa.

Desde que as entradas de imigrantes pelo Mediterrâneo atingiram um pico em 2015, quando mais de um milhão de refugiados e imigrantes chegaram ao bloco europeu, os líderes da UE têm tentado gerir esse afluxo e chegar a uma "solução europeia".

 

"Sabemos bem que, no Conselho Europeu, infelizmente, não teremos uma solução completa para a questão da imigração", salientou Merkel, citada pela Reuters.

A chanceler alemã afirmou que existe "muita boa vontade" para debater os diferendos sobre as migrações na União Europeia, mas a rapidez que deseja pode então levá-la a procurar acordos Estado a Estado.

 

Merkel disse que os participantes na reunião concordaram que as fronteiras da Europa devem ser mais bem protegidas para evitar a entrada de pessoas ilegalmente e que "todos os países devem partilhar todos os encargos" relacionados com a imigração.

 

No entender da chanceler, os países aos quais acorre inicialmente a maioria dos migrantes não devem ser deixados sozinhos a lidar com o afluxo, nem deve caber aos recém-chegados decidir a que país europeu podem pedir asilo.

 

Esta mini-cimeira contou com 16 dos 28 líderes da União Europeia, em antecipação do Conselho Europeu de 28 e 29 de Junho.

 

Merkel está sob pressão para encontrar uma solução na cimeira, uma vez que o seu parceiro de coligação está a insistir numa linha mais dura em matéria de política de imigração.



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