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May destaca "efeitos negativos" dos estímulos do BoE e defende nova estratégia de crescimento

No congresso dos conservadores May apresentou também uma nova "visão" para o partido: distribuir a riqueza de forma mais uniforme e torná-lo no partido "das pessoas comuns da classe trabalhadora".

Reuters
05 de Outubro de 2016 às 13:30
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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, considerou esta quarta-feira, 5 de Outubro, que as medidas de emergência colocadas no terreno pelo Banco de Inglaterra (BoE, na sigla original) para proteger a economia desde a crise financeira global tiveram efeitos colaterais negativos. Como tal, a governante defende a necessidade de adoptar uma nova abordagem para estimular o crescimento.

 

"Ainda que a política monetária com taxas de juro super baixas e alívio quantitativo tenham proporcionado os medicamentos de emergência necessários após o ‘crash’ financeiro, temos de reconhecer que tem havido alguns efeitos colaterais negativos", afirmou May, num discurso proferido no congresso anual do Partido Conservador.

 

A chefe do Executivo britânico sublinhou que "as pessoas com activos ficaram mais ricas" e que os aforradores "ficaram mais pobres". "Tem de haver uma mudança, e nós vamos consegui-la", afirmou.

 

O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, já havia dito anteriormente que a capacidade dos bancos centrais para continuarem a ajudar as economias é limitada e que os governos precisam de tomar medidas para garantir o crescimento a longo prazo.

 

Apesar de não ter mantido a meta do anterior ministro das Finanças, George Osborne, de atingir um excedente orçamental em 2020, May reiterou que o seu Governo vai "continuar a apontar para um orçamento equilibrado".

 

Com o objectivo de alcançar a desejada mudança no país, May apresentou aquilo que chamou de uma nova "visão" para os conservadores: distribuir a riqueza de forma mais uniforme e tornar o Partido Conservador no partido "das pessoas comuns da classe trabalhadora".

 

No dia de encerramento do congresso, May sublinhou ser necessário resolver os problemas que levaram milhões de britânicos a votar a favor da saída da União Europeia – uma decisão que acredita ter sido, em grande medida, um protesto contra "os ricos e poderosos".

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