Notícia
Dijsselbloem: "A última coisa que quero é criar novas divisões"
O presidente do Eurogrupo reiterou esta quinta-feira que as suas declarações foram mal interpretadas e que nunca pretendeu ofender os países do sul da Europa, assegurando que a última coisa que quer é criar divisões na Zona Euro.
27 de Abril de 2017 às 10:01
Num debate no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre a segunda revisão ao programa de ajustamento na Grécia, Jeroen Dijsselbloem iniciou a sua intervenção apontando que gostaria de abordar a polémica em torno da sua entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung - que levaram o Governo português a pedir a sua demissão -, para reafirmar que as suas palavras foram mal interpretadas, lamentando que haja quem se tenha sentido insultado.
"Nessa entrevista, defendi que respeitar a moldura acordada entre nós é crucial para manter a confiança e a solidariedade na Zona Euro. Nos dias que se seguiram, as minhas palavras foram, no entanto, relacionadas com a situação no período da crise e com os países do sul da Europa, e isso é muito lamentável, pois não foi o que disse e, certamente, não era o que eu queria dizer. Os anos da crise tiveram impacto nas sociedades por toda a Zona Euro e União, com grandes custos sociais, e a solidariedade foi justificada", declarou.
Na entrevista em causa, concedida em Março ao jornal alemão, Dijsselbloem declarou que não se pode pedir ajuda depois de se gastar todo o dinheiro em álcool e mulheres, o que provocou uma onda de indignação, tendo mesmo o Governo de António Costa reclamado a sua demissão, por entender que o ministro holandês não tem condições para continuar à frente do fórum de ministros das finanças da Zona Euro.
"A forma como me expressei ofendeu alguns e, por isso, lamento muito. Obviamente que nunca foi minha intenção ofender ninguém. Trabalhei ao longo dos últimos quatro anos com vista a unir mais a Zona Euro, e a última coisa que quero é criar novas divisões", acrescentou Dijsselbloem.
No início de Abril, por ocasião de uma visita oficial ao Luxemburgo, o primeiro-ministro António Costa voltou a defender que Jeroen Dijsselbloem não tem a menor condição" para continuar a presidir ao Eurogrupo, e lamentou que o político holandês nem sequer se retrate das ofensas dirigidas aos países do sul.
"O presidente do Eurogrupo deve ser um mobilizador, e não um factor de divisão. O senhor Dijsselbloem já mostrou por diversas vezes que não é capaz de ser um mobilizador, e desta vez foi particularmente ofensivo relativamente aos países do sul. E, falando muito francamente, pior do que ele disse ao [jornal] Frankfurter Allgemeine Zeitung, são as explicações que tentou dar, pois demonstraram que ele não compreende o que fez e como ofendeu profundamente os povos do sul da Europa", declarou o chefe de Governo.
"Nessa entrevista, defendi que respeitar a moldura acordada entre nós é crucial para manter a confiança e a solidariedade na Zona Euro. Nos dias que se seguiram, as minhas palavras foram, no entanto, relacionadas com a situação no período da crise e com os países do sul da Europa, e isso é muito lamentável, pois não foi o que disse e, certamente, não era o que eu queria dizer. Os anos da crise tiveram impacto nas sociedades por toda a Zona Euro e União, com grandes custos sociais, e a solidariedade foi justificada", declarou.
"A forma como me expressei ofendeu alguns e, por isso, lamento muito. Obviamente que nunca foi minha intenção ofender ninguém. Trabalhei ao longo dos últimos quatro anos com vista a unir mais a Zona Euro, e a última coisa que quero é criar novas divisões", acrescentou Dijsselbloem.
No início de Abril, por ocasião de uma visita oficial ao Luxemburgo, o primeiro-ministro António Costa voltou a defender que Jeroen Dijsselbloem não tem a menor condição" para continuar a presidir ao Eurogrupo, e lamentou que o político holandês nem sequer se retrate das ofensas dirigidas aos países do sul.
"O presidente do Eurogrupo deve ser um mobilizador, e não um factor de divisão. O senhor Dijsselbloem já mostrou por diversas vezes que não é capaz de ser um mobilizador, e desta vez foi particularmente ofensivo relativamente aos países do sul. E, falando muito francamente, pior do que ele disse ao [jornal] Frankfurter Allgemeine Zeitung, são as explicações que tentou dar, pois demonstraram que ele não compreende o que fez e como ofendeu profundamente os povos do sul da Europa", declarou o chefe de Governo.