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Comissão Europeia mais pessimista. PIB da Zona Euro para 2020 revisto em baixa

A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico esperado para a Zona Euro no próximo ano e diz que os "riscos descendentes" agravaram-se.

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10 de Julho de 2019 às 10:15
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A Comissão Europeia continua a prever que a Zona Euro cresça 1,2% este ano, tal como previa na primavera, mas reviu em baixa o crescimento económico de 2020 de 1,5% para 1,4%, em termos homólogos, segundo as previsões intercalares de verão publicadas esta quarta-feira, 10 de julho. Já a previsão do PIB para o conjunto da União Europeia manteve-se em 1,4% em 2019 e 1,6% em 2020. 

A Comissão Europeia manteve inalterada a previsão de crescimento da economia portuguesa em 1,7%, tanto para 2019, como para 2020.

Esta revisão em baixa é sustentada pelo aumentar dos "riscos descendentes" que afetam a economia mundial. "Um prolongamento da confrontação económica entre os EUA e a China, conjugado com a elevada incerteza à volta da política comercial norte-americana, poderá prolongar a atual desaceleração do comércio global e da indústria, afetando outras regiões e setores", explica a Comissão, assinalando que há o perigo de haver "disrupções nos mercados financeiros".

A tensão comercial é o principal risco identificado por Bruxelas, mas as tensões no Médio Oriente e as suas consequências na cotação do petróleo assim como a incerteza relacionada com o Brexit, a travagem no setor industrial europeu e a diminuição da confiança dos agentes económicos também são fatores que penalizam a economia europeia.

Ainda assim, o PIB em 2020 deverá crescer a um ritmo superior ao de 2019, principalmente porque nesse ano há mais dias de trabalho. Em ambos os anos, a Comissão prevê que todos os países cresçam, ainda que Itália fique perto da estagnação em 2019 (0,1%). 

A manutenção da previsão para 2019 chega depois de terem sido divulgados os dados do PIB no primeiro trimestre, mas antes dos dados do segundo trimestre. "O crescimento da Zona Euro foi mais forte do que o esperado no primeiro trimestre deste ano devido a um número de fatores temporários como as condições [meteorológicas] mais amenas no inverno e uma recuperação das vendas de carros", explicam os técnicos de Bruxelas. Contudo, o segundo trimestre não deverá beneficiar das mesmas benesses. 

A Comissão Europeia vê o PIB a travar de um crescimento de 0,4% em cadeia (de um trimestre para o outro) no primeiro trimestre para 0,2% no segundo trimestre. "A perspetiva de curto-prazo para a economia europeia é obscurecida pelos fatores externos" já referidos. Os técnicos antecipam que no terceiro trimestre (0,3%) e no quarto trimestre (0,4%) haja uma ligeira recuperação do crescimento em cadeia.

Para já, tem sido a procura interna a beneficiar o PIB da Zona Euro, o que também é fruto da política orçamental de alguns Estados-membros que aumentou o rendimento disponível dos cidadãos. "A procura interna, particularmente no consumo privado, continua a ser o motor do crescimento económico da Europa com ajuda de uma contínua melhoria do mercado de trabalho", destaca Bruxelas.
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