Notícia
Católica confia no investimento e vê PIB a acelerar no 2.º trimestre
Os economistas da Católica consideram que o investimento vai manter o "crescimento intenso" no segundo trimestre, o que levará a uma aceleração do PIB.
A economia deverá acelerar ligeiramente no segundo trimestre sustentada na "dinâmica muito favorável" do investimento. A previsão é dos economistas da Universidade Católica na folha trimestral de conjuntura divulgada esta quarta-feira, 10 de julho, onde mantêm a previsão de crescimento de 2,1% para o conjunto do ano, acima dos 1,9% previstos pelo Governo.
"A estimativa de crescimento do PIB no 2.º trimestre é de 0,6% em cadeia e 1,8% em termos homólogos, o que reflete a manutenção, em traços gerais, da conjuntura no trimestre findo, após a melhoria registada no início do ano", afirma o Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Católica. No primeiro trimestre, a economia portuguesa cresceu 0,5% em cadeia e 1,8% em termos homólogos.
Esta ligeira aceleração do PIB é justificada pelo "crescimento intenso do investimento que se deverá ter mantido no 2.º trimestre", que os economistas da Católica antecipam que tenha um crescimento de pelo menos 10% em 2019. "Esta evolução recente do investimento é especialmente importante porque o agregado não recuperou completamente das fortes quebras registadas entre 2008 e 2013, estando, ainda e apesar da forte recuperação do 1.º trimestre, cerca de 27% abaixo do nível de 2001", explicam.
Além disso, a generalidade dos indicadores de alta frequência validam "a permanência da melhoria registada no início do ano", incluindo a descida da taxa de desemprego de 6,8% para os 6,2% "em parte motivada por fatores sazonais". Tanto o indicador de atividade económica do Instituto Nacional de Estatística (INE) como o indicador coincidente do Banco de Portugal mantiveram-se estáveis nos últimos meses.
A previsão do NECEP não vai ao encontro daquilo que é esperado por outros economistas, como é o caso do ISEG e do BPI que antecipam uma manutenção do ritmo de crescimento. Apenas o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, sugeriu que o PIB possa acelerar de abril a junho. Já os economistas do Barclays anteciam um abrandamento para 1,5% em termos homólogos.
Ao contrário do que antecipa para Portugal, o NECEP prevê uma desaceleração na Zona Euro. O conjunto dos 18 Estados-membros que partilham a mesma moeda deve travar de um crescimento de 0,4% em cadeia (1,2% em termos homólogos) no primeiro trimestre para 0,3% (1,1%) no segundo trimestre. Para o total de 2019, os economistas da Católica antecipam uma variação de 1,2% do PIB da Zona Euro, em linha com a estimativa da Comissão Europeia.
Apesar deste aparente otimismo, os economistas da Católica também alertam para os "diversos riscos sobre a economia portuguesa, predominantemente de sentido descendente e latentes sobretudo a curto prazo". Exemplo disso é a evolução "desfavorável" da indústria europeia e em Portugal num "contexto de riscos acrescidos sobre o comércio internacional e de crescente voaltibilidade". O NECEP teme o impacto desse fator particularmente nas exportações portuguesas.
"Desta forma, os riscos geopolíticos, comerciais e monetários mantêm-se num nível invulgarmente elevado", afirmam, alertando também para a evolução recente das balanças externas com o regresso de saldos negativos, o que aconselha "redobrada prudência".
Para já, a menor pressão para a subida dos juros (pelo contrário, a tendência voltou a ser de descida) deverá acomodar alguma da travagem económica que se está a sentir, ajudando também os Estados, como é o caso de Portugal, a pagar menos pela sua dívida pública.
"A estimativa de crescimento do PIB no 2.º trimestre é de 0,6% em cadeia e 1,8% em termos homólogos, o que reflete a manutenção, em traços gerais, da conjuntura no trimestre findo, após a melhoria registada no início do ano", afirma o Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Católica. No primeiro trimestre, a economia portuguesa cresceu 0,5% em cadeia e 1,8% em termos homólogos.
Além disso, a generalidade dos indicadores de alta frequência validam "a permanência da melhoria registada no início do ano", incluindo a descida da taxa de desemprego de 6,8% para os 6,2% "em parte motivada por fatores sazonais". Tanto o indicador de atividade económica do Instituto Nacional de Estatística (INE) como o indicador coincidente do Banco de Portugal mantiveram-se estáveis nos últimos meses.
A previsão do NECEP não vai ao encontro daquilo que é esperado por outros economistas, como é o caso do ISEG e do BPI que antecipam uma manutenção do ritmo de crescimento. Apenas o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, sugeriu que o PIB possa acelerar de abril a junho. Já os economistas do Barclays anteciam um abrandamento para 1,5% em termos homólogos.
Ao contrário do que antecipa para Portugal, o NECEP prevê uma desaceleração na Zona Euro. O conjunto dos 18 Estados-membros que partilham a mesma moeda deve travar de um crescimento de 0,4% em cadeia (1,2% em termos homólogos) no primeiro trimestre para 0,3% (1,1%) no segundo trimestre. Para o total de 2019, os economistas da Católica antecipam uma variação de 1,2% do PIB da Zona Euro, em linha com a estimativa da Comissão Europeia.
Apesar deste aparente otimismo, os economistas da Católica também alertam para os "diversos riscos sobre a economia portuguesa, predominantemente de sentido descendente e latentes sobretudo a curto prazo". Exemplo disso é a evolução "desfavorável" da indústria europeia e em Portugal num "contexto de riscos acrescidos sobre o comércio internacional e de crescente voaltibilidade". O NECEP teme o impacto desse fator particularmente nas exportações portuguesas.
"Desta forma, os riscos geopolíticos, comerciais e monetários mantêm-se num nível invulgarmente elevado", afirmam, alertando também para a evolução recente das balanças externas com o regresso de saldos negativos, o que aconselha "redobrada prudência".
Para já, a menor pressão para a subida dos juros (pelo contrário, a tendência voltou a ser de descida) deverá acomodar alguma da travagem económica que se está a sentir, ajudando também os Estados, como é o caso de Portugal, a pagar menos pela sua dívida pública.