Notícia
Comissão mantém previsão de crescimento para Portugal em 1,7%
O crescimento económico português será ligeiramente mais baixo no resto do ano do que o verificado no primeiro trimestre. Mas o ritmo previsto tanto para o total de 2019, como para 2020, não muda.
A Comissão Europeia manteve inalterada a previsão de crescimento da economia portuguesa em 1,7%, tanto para 2019, como para 2020. Apesar de o primeiro trimestre do ano ter sido o melhor, no conjunto a projeção não se altera e a atividade deve manter-se no nível já previsto. As previsões de verão foram publicadas esta quarta-feira, 10 de julho, em Bruxelas.
A projeção da Comissão para Portugal continua assim ligeiramente abaixo da meta de crescimento definida pelo ministro das Finanças. Mário Centeno aponta para um aumento de 1,9% do PIB, um valor que fica também acima da previsão do FMI, OCDE, Banco de Portugal e Conselho das Finanças Públicas.
No documento, os peritos comunitários explicam que "o crescimento do PIB deverá abrandar marginalmente ao longo do horizonte de projeção, refletindo maioritariamente um ambiente externo menos favorável".
Em termos trimestrais, o período de janeiro a março deverá ter sido o mais forte, com um crescimento de 0,5% face ao final de 2018, e de 1,8% em termos homólogos. Para o resto do ano, a Comissão antecipa um ritmo de crescimento de 0,4% a cada trimestre.
Ainda assim, Portugal vai continuar a exibir um ritmo de crescimento ligeiramente mais dinâmico do que o da média da Zona Euro. A média dos países da moeda única vai travar no segundo trimestre e manter-se em torno dos 0,3% daí em diante.
Menos dinamismo no consumo, mais no investimento
"O crescimento do consumo privado deverá abrandar, enquanto o investimento deverá acelerar, impulsionado pelo ciclo de absorção dos fundos da União Europeia," antecipa a Comissão.
O relatório nota que o indicador de sentimento económico da Comissão melhorou ligeiramente no final do segundo trimestre deste ano, mas que se mantém abaixo do nível verificado há um ano. Ao mesmo tempo, os dados já disponíveis sobre a atividade mostram que o setor do turismo continua dinâmico, enquanto a indústria se tem ressentido mais pela redução da procura externa.
Desta forma, a Comissão avisa que a probabilidade de a realidade se revelar pior do que o antecipado é maior do que o inverso. E que os riscos negativos "refletem o recente aumento da volatilidade na produção industrial e na balança comercial do país."
Com o aumento das importações e a travagem do crescimento das exportações, a economia portuguesa já voltou a registar um défice comercial este ano.
Preços crescem menos do que na Europa
A inflação esperada para Portugal foi revista em baixa, para 0,9% este ano e 1,5% no próximo. Os preços crescem em Portugal "significativamente" mais devagar do que no resto dos parceiros comunitários, nota o documento, que atribui este comportamento aos preços regulados, tanto da energia, como dos transportes.
Os salários têm subido acima da inflação, mas isso não tem provocado um aumento relevante do consumo porque a criação de emprego abrandou, dizem os peritos comunitários.
A projeção da Comissão para Portugal continua assim ligeiramente abaixo da meta de crescimento definida pelo ministro das Finanças. Mário Centeno aponta para um aumento de 1,9% do PIB, um valor que fica também acima da previsão do FMI, OCDE, Banco de Portugal e Conselho das Finanças Públicas.
Em termos trimestrais, o período de janeiro a março deverá ter sido o mais forte, com um crescimento de 0,5% face ao final de 2018, e de 1,8% em termos homólogos. Para o resto do ano, a Comissão antecipa um ritmo de crescimento de 0,4% a cada trimestre.
Ainda assim, Portugal vai continuar a exibir um ritmo de crescimento ligeiramente mais dinâmico do que o da média da Zona Euro. A média dos países da moeda única vai travar no segundo trimestre e manter-se em torno dos 0,3% daí em diante.
Menos dinamismo no consumo, mais no investimento
"O crescimento do consumo privado deverá abrandar, enquanto o investimento deverá acelerar, impulsionado pelo ciclo de absorção dos fundos da União Europeia," antecipa a Comissão.
O relatório nota que o indicador de sentimento económico da Comissão melhorou ligeiramente no final do segundo trimestre deste ano, mas que se mantém abaixo do nível verificado há um ano. Ao mesmo tempo, os dados já disponíveis sobre a atividade mostram que o setor do turismo continua dinâmico, enquanto a indústria se tem ressentido mais pela redução da procura externa.
Desta forma, a Comissão avisa que a probabilidade de a realidade se revelar pior do que o antecipado é maior do que o inverso. E que os riscos negativos "refletem o recente aumento da volatilidade na produção industrial e na balança comercial do país."
Com o aumento das importações e a travagem do crescimento das exportações, a economia portuguesa já voltou a registar um défice comercial este ano.
Preços crescem menos do que na Europa
A inflação esperada para Portugal foi revista em baixa, para 0,9% este ano e 1,5% no próximo. Os preços crescem em Portugal "significativamente" mais devagar do que no resto dos parceiros comunitários, nota o documento, que atribui este comportamento aos preços regulados, tanto da energia, como dos transportes.
Os salários têm subido acima da inflação, mas isso não tem provocado um aumento relevante do consumo porque a criação de emprego abrandou, dizem os peritos comunitários.