Notícia
Catalunha: MNE português quer solução no quadro da Constituição e leis espanholas
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje que uma solução para o futuro da Catalunha deve ser encontrada no quadro da Constituição e das leis de Espanha, enquanto "assunto dos espanhóis e das instituições espanholas".
09 de Outubro de 2017 às 19:22
Para Augusto Santos Silva, as instituições de Espanha "saberão encontrar a melhor solução" e ultrapassar "eventuais diferendos e sobretudo progredir na senda do progresso".
"Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, eu não sou parte em discussões que dizem respeito a Espanha", sublinhou, em declarações aos jornalistas, em Coimbra.
Augusto Santos Silva realçou que a União Europeia, tal como Portugal, acompanha "com toda a atenção" os desenvolvimentos da situação política na Catalunha.
Além de estado vizinho de Portugal, "Espanha é o nosso interlocutor político há muitos séculos e é também o nosso principal parceiro económico", adiantou, fazendo votos para que "a Constituição e a lei espanhola sejam respeitadas por todos".
"Confio que as instituições relevantes saibam envolver-se num diálogo político responsável, para que esta página possa ser virada", num sentido que "compete aos espanhóis escolherem", afirmou Augusto Santos Silva.
A Espanha está mergulhada numa crise desde a realização, a 1 de Outubro, de um referendo de autodeterminação, proibido pela justiça e não reconhecido pelo Governo de Madrid, e em que os independentistas catalães reclamam vitória, com 90% de votos favoráveis ao 'sim' e uma taxa de participação de 43%.
O dia da votação ficou marcado pela violência policial sobre cidadãos que pretendiam votar ou assegurar a possibilidade de voto, e que, segundo as autoridades regionais, causou perto de 900 feridos.
O presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, admite declarar esta terça-feira a independência, no parlamento regional, caso o Governo central, liderado por Mariano Rajoy, continue a recusar uma mediação.
Este fim-de-semana, centenas de milhares de catalães saíram à rua para exigir ao líder catalão que renuncie.
A Europa segue com preocupação a evolução da crise catalã.
Face às ameaças de secessão de Catalunha, onde vive 16% da população espanhola, a chanceler alemã, Angela Merkel, reafirmou no sábado, numa conversa telefónica com o seu homólogo espanhol, o seu "apoio à unidade de Espanha".
Por seu lado, Paris advertiu que a independência da Catalunha não seria reconhecida e significaria imediatamente uma saída da região da União Europeia.
"Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, eu não sou parte em discussões que dizem respeito a Espanha", sublinhou, em declarações aos jornalistas, em Coimbra.
Além de estado vizinho de Portugal, "Espanha é o nosso interlocutor político há muitos séculos e é também o nosso principal parceiro económico", adiantou, fazendo votos para que "a Constituição e a lei espanhola sejam respeitadas por todos".
"Confio que as instituições relevantes saibam envolver-se num diálogo político responsável, para que esta página possa ser virada", num sentido que "compete aos espanhóis escolherem", afirmou Augusto Santos Silva.
A Espanha está mergulhada numa crise desde a realização, a 1 de Outubro, de um referendo de autodeterminação, proibido pela justiça e não reconhecido pelo Governo de Madrid, e em que os independentistas catalães reclamam vitória, com 90% de votos favoráveis ao 'sim' e uma taxa de participação de 43%.
O dia da votação ficou marcado pela violência policial sobre cidadãos que pretendiam votar ou assegurar a possibilidade de voto, e que, segundo as autoridades regionais, causou perto de 900 feridos.
O presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, admite declarar esta terça-feira a independência, no parlamento regional, caso o Governo central, liderado por Mariano Rajoy, continue a recusar uma mediação.
Este fim-de-semana, centenas de milhares de catalães saíram à rua para exigir ao líder catalão que renuncie.
A Europa segue com preocupação a evolução da crise catalã.
Face às ameaças de secessão de Catalunha, onde vive 16% da população espanhola, a chanceler alemã, Angela Merkel, reafirmou no sábado, numa conversa telefónica com o seu homólogo espanhol, o seu "apoio à unidade de Espanha".
Por seu lado, Paris advertiu que a independência da Catalunha não seria reconhecida e significaria imediatamente uma saída da região da União Europeia.