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Bruxelas pede esforço adicional a Espanha para evitar sanções

Espanha apresentou a sua defesa a Bruxelas na passada semana e já terá recebido a indicação que é preciso mais.

Bloomberg
Negócios 18 de Julho de 2016 às 10:55
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A Comissão Europeia considera insuficiente o pacote de medidas apresentados pelo Governo de Espanha para tentar travar as sanções ao país, avança o El Mundo, citando fontes governamentais.

 

Bruxelas, escreve o jornal espanhol, questiona as medidas apresentadas, nomeadamente a subida do imposto sobre as sociedades (IRC). Bruxelas, acrescenta o jornal, pede que entre este ano e o próximo se garanta outra fórmula de ajusta que seja equivalente ao mesmo valor, ou seja, um ajustamento de 6 mil milhões de euros.

 

Espanha enviou o seu pacote de medidas na passada semana para tentar travar as sanções de Bruxelas pelos défices excessivos, sanções que também poderão chegar a Portugal. Essa pelo menos foi a proposta de Bruxelas. Os dois países, Portugal e Espanha, tinham de remeter à Comissão Europeia a sua defesa. Espanha fê-lo na passada semana. Também a de Portugal já seguiu.

 

Espanha explicou à Comissão Europeia que tem um pacote que prevê medidas que atingem os 10 mil milhões de euros, mas as mais significativas é impor às grandes empresas uma antecipação do que vão pagar de imposto no ano seguinte, num efeito que pode atingir os 6 mil milhões de euros.

Fontes governamentais, citadas pelo El Mundo, acrescentam que a Comissão Europeia apoia que o Ministério das Finanças restabeleça a medida que estava em vigor em 2015, e que foi eliminada este ano, mas considera que não é suficiente para conseguir uma descida duradoura do défice público em Espanha, que terá, assim, de encontrar medidas adicionais. De resto, a Comissão Europeia terá acolhido bem o resto das medidas. 

Já o El País escreve que o governo espanhol ainda em funções rejeita qualquer tipo de penalização decidida da parte de Bruxelas devido ao país em 2015 ter registado um défice orçamental superior a 3%. O diário espanhol garante que o Executivo chefiado por Mariano Rajoy não aceita realizar um novo ajustamento orçamental avaliado em 10 mil milhões de euros, que sejam congelados os fundos europeus previstos para 2017 ou sequer que seja aplicada uma multa a Madrid. 

Madrid sustenta que se se mantiver o bom desempenho económico de Espanha, cuja economia cresce a um ritmo superior a 3%, Espanha conseguirá cumprir as metas acordadas com Bruxelas sem necessitar proceder a novos cortes orçamentais ou aumentos de impostos. 

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