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UE garante inexistência de risco de a Rússia interromper fornecimento de gás
A Comissão Europeia negou a existência de qualquer risco de, no “curto prazo”, Moscovo poder interromper a exportação de gás para a Europa.
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No entender da União Europeia (UE), apesar da sucessão de sanções e contra-sanções na disputa que opõe Bruxelas e Washington a Moscovo, esta sexta-feira, a Comissão Europeia garantiu que não existe no “curto prazo” qualquer tipo de risco de a Rússia encerrar o fluxo de gás que satisfaz uma parte importante das necessidade energéticas europeias.
“Não me constou que haja algum problema no trânsito de gás proveniente da Rússia com destino à UE”, disse o porta-voz da Comissão Joe Hennon, acrescentando não esperar “nenhuma interrupção no curto prazo”.
Esta declaração acontece depois de a Comissão ter recebido uma carta do ministro em funções da Energia da Ucrânia, Yuri Prodan, que alertava para as dificuldade de fornecimento energético que se poderiam fazer sentir quando, no primeiro dia de Abril, forem suspensos os descontos no fornecimento de gás que até agora a empresa estatal Gazprom garantia a Kiev. Esta decisão implicará uma subida de 50% do preço do gás para os consumidores privados ucranianos.
Segundo escreve o espanhol “El País”, Hennon terá sublinhado a importância de diversificação “urgente” das fontes de abastecimento energético ucranianas. Neste sentido o porta-voz terá sugerido a Hungria, a Polónia e até mesmo a Eslováquia como eventuais soluções, até porque tecnicamente já é possível canalizar gás para a Ucrânia a partir destes países.
Actualmente Moscovo supre cerca de 30% das necessidades de gás da Europa, sendo que a maior parte deste fornecimento é feito através dos gasodutos que atravessam a Ucrânia.
No périplo pela Europa feito pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aludiu à possibilidade de Washington poder contribuir para a tentativa de redução da dependência energética europeia face à Rússia.