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UE importa mais de 24% da energia à Rússia. Portugal é o quarto país menos exposto
Em 2020, a União Europeia importou 58% da energia que foi consumida, já que a produção própria conseguiu satisfazer apenas 42% das necessidades. A Rússia foi o principal fornecedor da União Europeia para gás natural, petróleo e carvão.
A União Europeia importou mais de metade da energia que foi consumida ao longo de 2020. De acordo com os números divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, nesse ano o bloco dos 27 importou 58% da energia consumida, já que a produção doméstica só satisfez 42% das necessidades.
A Rússia foi o principal fornecedor da União Europeia nesse ano, com 24,4% das importações a ter origem na Rússia. O país de Vladimir Putin foi o principal fornecedor da UE para fontes de energia como o gás natural, petróleo e carvão - as principais "commodities" do mix de energia da União Europeia.
O gás natural, que é uma das principais fontes de energia para a produção de eletricidade e aquecimento na UE, tinha a maior exposição à Rússia em 2020. Nesse ano, 46% das importações de gás natural que vieram parar à Europa tiveram origem na Rússia, satisfazendo 41% da energia bruta disponível derivada de gás natural.
Já o crude era o segundo tipo de energia com maior exposição à Rússia, nota o Eurostat, o gabinete de estatística da União Europeia. Em 2020, a União Europeia dependeu deste fornecedor para 26% das importações, o que satisfez 37% das necessidades energéticas da UE.
Por fim, nos combustíveis fósseis sólidos, como é o caso do carvão, era visível a menor dependência das importações da Rússia, com 19%. Em 2020, a UE importou 53% do carvão da Rússia, o que representou 30% do consumo bruto nesse ano.
O mix energético da UE em 2020 consistia em 35% de petróleo e produtos derivados, 24% de gás natural, 17% de energias renováveis, 13% de energia nuclear e 11% de combustíveis fósseis sólidos.
De acordo com estes dados do Eurostat, Portugal era o quarto país com a menor exposição às importações da Rússia na energia disponível em 2020, com 4,9%.
O país com a menor exposição às importações russas era o Chipre (1,7%), seguido pela Irlanda (3,2%) e Luxemburgo (4,3%). Os países mais expostos às importações russas eram a Lituânia (96,1%), Eslováquia (57,3%), Hungria (54,2%) e Países Baixos (49%).