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Theresa May considera adiamento do Brexit

A Bloomberg escreve que a primeira-ministra britânica deverá ceder perante as pressões para adiar o Brexit para lá de 29 de março.

Reuters
26 de Fevereiro de 2019 às 10:17
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Theresa May está a considerar um plano para atrasar o Brexit, avança a Bloomberg. Depois de ter negado essa posibilidade, argumentando que seria adiar um problema que se manterá, a primeira-ministra britânica quer impedir que o Reino Unido abandone a União Europeia sem um acordo no próximo mês. 

A líder dos conservadores deverá permitir uma discussão sobre o assunto numa reunião do Governo esta terça-feira, 26 de fevereiro. A ideia é prolongar o prazo do Brexit para lá de 29 de março. Durante o fim de semana foi noticiado que em Bruxelas haveria disponibilidade para dar mais dois anos a Londres. 

Após a reunião do Governo, May vai ao Parlamento britânico revelar as conclusões. A estratégia da primeira-ministra continua a ser aprovar o acordo existente entre as duas partes - cuja nova votação está marcada para dia 12 de março -, mas caso não haja maioria será necessário algum tipo de adiamento para evitar uma saída caótica. 

Contudo, o prolongamento do prazo de saída será desafiante para ambos os lados. Por um lado, Bruxelas veio logo desmentir a notícia, referindo que primeiro o Reino Unido tem pedir o adiamento e depois este terá de ser aceite por todos os Estados-membros. 

Por outro lado, em Londres, May poderia reverter as demissões dos ministros que se recusam a sair da UE sem acordo, mas também arriscaria ter à perna os mais eurocéticos do Partido Conservador. A primeira-ministra terá agora de lidar também com uma mudança de posição por parte da oposição.

O líder trabalhista decidiu apoiar um novo referendo para evitar uma saída caótica. Caso não consiga convencer Theresa May a negociar um acordo onde as relações entre o Reino Unido e a União Europeia sejam mais profundas, Jeremy Corbyn vai apoiar a realização de um segundo referendo. Ambas as hipóteses têm sido rejeitadas pela primeira-ministra.  

Tanto a abertura de May para um adiamento como a de Corbyn para um segundo referendo terão o efeito de soar alarmes junto dos políticos pró-Brexit. A Bloomberg escreve que a primeira-ministra poderá usar esse medo de reversão do Brexit para colher apoios para o acordo que o atual Governo conseguiu junto de Bruxelas.

Ontem Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado da União Europeia, disse que adiar o Brexit era a decisão mais "racional".
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