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Rajoy rompe silêncio para assegurar aos espanhóis que sacrifícios valerão a pena em 2014

“Ninguém, em sua perfeita saúde, pode estar satisfeito com a situação do mercado laboral”. Esta é uma das frases do discurso feito hoje por Mariano Rajoy em que admitiu que 2013 será “duro” mas que haverá recompensa no próximo ano.

03 de Abril de 2013 às 12:50
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E, ao fim de cinco semanas, Rajoy falou. O discurso desta quarta-feira, 3 de Abril, era bastante esperado, dado que a última aparição pública do presidente do Governo espanhol tinha ocorrido em Janeiro. A situação económica espanhola e na Europa, o mercado laboral e a corrupção foram alguns dos temas falados na declaração de Mariano Rajoy perante a direcção do partido popular.


“Espanha superou uma crise financeira em Abril, uma crise da dívida soberana em Junho, superámos e temos sido capazes de aguentar a situação. Continua a ser difícil mas hoje menos do que naqueles momentos”, afirmou Mariano Rajoy.

 

No que diz respeito à economia, as palavras do líder do Executivo espanhol foram de esperança. “O ano de 2013 ainda será duro, sobretudo na primeira parte, mas em 2014 a economia espanhola crescerá com determinação e começaremos a criar emprego”.

 

Conta o “El País” que houve lugar a uma ovação dos dirigentes do partido depois de Rajoy ter assegurado que, no próximo ano, haverá lugar a “resultados tangíveis” dos esforços que estão a ser feitos, neste momento, pelos espanhóis. Do passado, o político mencionou o facto de Espanha ter evitado um resgate. “Também superámos o pior momento do que podia ser uma crise financeira, com a reestruturação do sector [financeiro]. É importante pôr ênfase nisto”, disse.

 

Uma das questões que Madrid acredita que será visível em 2014 é a melhoria da situação laboral. “Ninguém, em sua perfeita saúde, pode estar satisfeito com a situação do mercado laboral”, declarou Mariano Rajoy, adiantando que já começou a estancar a perda de postos de trabalho no país: 54% dos empregos destruídos em 2012 ocorreu no primeiro trimestre, ficando os restantes 46% para os nove meses seguintes, após a reforma do mercado de trabalho.

 

Foram ontem divulgados dados relativos ao emprego na Zona Euro que indicam que a taxa de desemprego em Espanha se fixou, em Fevereiro, em 26,3%, quando um ano antes estava em 23,9%. O desemprego jovem representa 55,7% da população activa entre os 15 e 24 anos, revelou igualmente o gabinete de estatísticas europeu.

 

Sobre a Europa, as palavras daquele que é o líder do Governo espanhol desde o final de 2011 destinaram-se à ideia de que o espaço monetário se precisa de “mover”. A União Europeia tem de ter a mesma determinação e coragem que muitos dos Estados tiveram quando foi necessário empreenderem reformas estruturais, cita o “El País”.

 

No seu discurso, Mariano Rajoy teve ainda tempo para falar da corrupção que afectou o país, sem mencionar, contudo, casos concretos como o que envolve o ex-tesoureiro do partido popular, Luis Bárcenas. Ficou a esperança de que a corrupção seja “história do passado”.

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