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PSOE quer ampliar acordo com Cidadãos ao Podemos
Depois de reafirmar a validade do acordo assinado com o Cidadãos, o PSOE pretende agora obter o apoio do Podemos. Sánchez encontra-se esta quarta-feira com Iglesias, em nova tentativa de viabilizar a sua investidura.
A pouco mais de um mês de terminar o prazo constitucional para a formação do próximo Governo de Espanha, o futuro político do país continua indefinido. E apesar dos obstáculos, o secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, que já falhou por duas vezes a tentativa de investidura, mantém a intenção de ser ele a chefiar o próximo Executivo.
Nesse sentido, Sánchez reúne-se esta quarta-feira à tarde com o secretário-geral do Podemos, Pablo Iglesias. Reunião que acontece depois de ontem se ter encontrado com o líder do Cidadãos, Albert Rivera, ocasião aproveitada para estes partidos reafirmarem o "acordo de legislatura" assinado no final de Fevereiro e que levou o Podemos a romper as conversações com os socialistas. É que Sánchez considera que o pacto com o Cidadãos é "condição necessária" à formação de um Governo de mudança.
No final do encontro de hoje, Antonio Hernando, porta-voz da equipa negocial socialista, explicou que foi feita uma "avaliação muito positiva" ao acordo PSOE-Cidadãos, compromisso que é "susceptível de ser melhorado e ampliado". Também o porta-voz da equipa do Cidadãos, José Manuel Villegas, demonstrou disponibilidade para negociar com o Podemos - ou o PP - com o intento de "desbloquear o actual impasse" na política espanhola.
Na passada quarta-feira, Sánchez e Iglesias terão conversado telefonicamente e concordado sobre a necessidade de procurar um "acordo amplo" para um Governo alternativo ao PP. Sendo que o líder do PSOE quer aproveitar a crise interna do Podemos para forçar este partido a apoiar o pacto com o Cidadãos.
Mas se esta terça-feira, numa entrevista à Cadena Ser, Pedro Sánchez afirmou não excluir a possibilidade de haver "representantes do Podemos ou do Cidadãos dentro de um Governo transversal", Villegas logo colocou de parte a participação do Cidadãos "num Governo tripartido com PSOE e Podemos".
Já Mariano Rajoy, presidente do PP e ainda primeiro-ministro em funções, continuará na expectativa, pelo menos por agora, e a torcer pelo falhanço das conversações PSOE-Podemos. Também acalenta continuar como primeiro-ministro.