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PP rejeita ida de Rajoy ao parlamento espanhol para explicar caso de corrupção
O PP rejeitou o pedido feito por toda a oposição espanhola com assento parlamentar em que era solicitada a ida de Mariano Rajoy ao parlamento, durante a próxima semana, para prestar esclarecimentos sobre o caso de corrupção que o levou a pedir desculpas, na passada terça-feira, ao povo espanhol.
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O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy não irá, durante a próxima semana, ao parlamento, para explicar os casos de corrupção denunciados que envolvem o Partido Popular.
O pedido feito pelo PSOE e pela Esquerda Plural, apoiado pelos restantes partidos da oposição com assento parlamentar, foi esta quinta-feira rejeitado pelo PP. A oposição, além de solicitar a presença de Rajoy, propunha também a realização de um debate que teria como objectivo encontrar medidas de combate à corrupção.
O porta-voz do PP, Alfonso Alonso, citado pelo El País justificou a decisão com o facto de esta quarta-feira já se ter realizado um debate sobre corrupção, argumentando que não pretende assistir a mais debates "destrutivos" como o de ontem.
A resposta do PSOE, principal partido da oposição, não se fez esperar. O porta-voz dos socialistas espanhóis defende que "o PP está a perder a credibilidade política", acrescentando que "ninguém vai acreditar no PP quando apresentar medidas [de combate à corrupção] se não assumir, em primeiro lugar, as suas responsabilidades e der as necessárias explicações".
Na passada terça-feira, o primeiro-ministro espanhol afirmou:"Em nome do PP quero pedir desculpas a todos os espanhóis por terem colocado [algumas pessoas] em lugares dos quais não eram dignos e que aparentemente abusaram deles".
A motivar este pedido de desculpas, que é já o segundo depois do que foi feito em Agosto de 2013 na sequência do caso Bárcenas, está uma mega-operação anticorrupção que levou à detenção, na passada segunda-feira, de 51 pessoas, entre as quais se contavam elementos do partido que actualmente governa Espanha.
O caso Bárcenas refere-se ao ex-tesoureiro do partido de Rajoy, Luis Bárcenas, que está a ser julgado por ter, alegadamente, constituído uma conta paralela no partido que permitia a manutenção, em paralelo, de ocntas oficiais e contas fantasmas no PP.
Já a operação desencadeada na passada segunda-feira está relacionada com o aparente envolvimento de pagamentos ilegais feitos com o intuito de garantir contratos públicos.