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Matteo Renzi leva Angelino Alfano e Pier Carlo Padoan para o novo Executivo de Itália
Matteo Renzi o político "apressado" foi rápido a elaborar a lista do novo Executivo e já entregou a Napolitano o organigrama que guiará Itália. Angelino Alfano prefere um lugar secundário, reforçando o peso do Partido Democrata. Pier Carlo Padoan assume a pasta da Economia e das Finanças.
Matteo Renzi, secretário-geral do Partido Democrata (PD), aceitou esta sexta-feira, 21 de Fevereiro, o mandato para formar Governo. Renzi, 39 anos, sucede a Enrico Letta como primeiro-ministro de Itália e torna-se o mais jovem político a assumir este cargo.
A confirmação do novo Executivo foi feita pelo próprio Renzi após um encontro com o Presidente da República no Palácio do Quirinal. Ainda no palácio presidencial, o novo primeiro-ministro, que será empossado amanhã às 11h30 (hora de Roma), anunciou os nomes dos ministros das Finanças e da Economia e do Interior.
Para assumir a difícil pasta da Economia e das Finanças, o jovem Renzi escolheu o experiente economista Pier Carlo Padoan (na foto ao lado), secretário geral adjunto da OCDE desde Junho de 2007 e economista-chefe da mesma organização desde Dezembro de 2009. Padoan desempenhou funções em anteriores Governos, como conselheiro económico dos primeiros-ministros Massimo D'Alema e Giuliano Amato.
Numa recente conferência em Paris, onde o Negócios esteve presente, Pier Carlo Padoan falou sobre Portugal. Mostrou-se "positivamente surpreendido" com o País e admitiu a possibilidade de Portugal sair do programa da troika sem rede de segurança europeia.
O primeiro Governo paritário de Itália
Com apenas 16 ministros, oito homen e oito mulheres, uma das grandes novidades do novo Executivo prende-se com a escolha de Angelino Alfano, líder do Novo Centro Direita, partido que resultou da implosão do Povo da Liberdade e que juntamente com a Escolha Cívica sustenta, no parlamento, o Governo agora liderado pelo antigo presidente da Câmara de Florença.
Alfano, antigo braço direito do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, colocado perante a escolha entre o lugar de vice-primeiro-ministro e o ministério do Interior, lugares que acumulava no Governo liderado pelo ex-primeiro-ministro Enrico Letta, optou pelo de ministro do Interior.
Em declarações aos jornalistas, no final do encontro com Giorgio Napolitano, Renzi afirmou que deseja que o seu Governo se mantenha em funções até 2018. Definiu como prioridades o mercado laboral, as alterações à lei eleitoral e a competitividade da economia italiana.
Ministro do Interior: Angelino Alfano
Ministra dos Assuntos Exteriores: Federica Mogherini
Ministra da Justiça: Andrea Orlando
Ministro da Defesa: Roberta Pinnoti
Ministro do Desenvolvimento Económico: Federica Guidi
Ministro da Economia e das Finanças: Pier Carlo Padoan
Ministro das Infra-estruturas e Transportes: Maurizio Lupi
Ministra da Saúde: Beatrice Lorenzin
Ministra das Políticas Agrícolas e Florestais: Maurizio Martina
Ministra da Educação: Stefania Giannini
Ministro do Trabalho e Políticas Sociais: Guiliano Poletti
Ministro do Meio Ambiente: Gianluca Galletti
Ministro dos Bens Culturais e Turismo: Dario Franceschini
Ministro dos Assuntos Regionais: Maria Carmela Lanzetta
Ministro para as Reformas e Relações com o Parlamento: Maria Elena Boschi
Ministro da Administração Pública: Marianna Madia