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Novo primeiro-ministro italiano enfrenta primeiro grande teste no Senado

Matteo Renzi, o mais jovem primeiro-ministro da República italiana, grande crítico do sistema e com uma frágil maioria parlamentar, enfrenta esta semana o seu primeiro grande teste no parlamento. Conta, para já, com o apoio de Angela Merkel.

Tony Gentile/Reuters
24 de Fevereiro de 2014 às 11:08
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Durante a tarde desta segunda-feira, Matteo Renzi dirige-se ao Senado, em Roma, para apresentar os 16 membros do seu Executivo e descrever a sua estratégia para o Governo, que incluirá uma nova lei eleitoral e a criação de novos estímulos para a economia.

 

Renzi não terá a tarefa facilitada. O mais jovem primeiro-ministro italiano detém uma frágil maioria parlamentar e chegou ao governo depois de ter ganho a liderança do Partido Democrata, em Dezembro passado, e de, no início de Fevereiro, ter forçado a demissão de Enrico Letta, assumindo ele próprio a direcção do Executivo sem antes se submeter a eleições.

 

Nesta ida ao Senado, Renzi enfrenta a primeira moção de confiança desde que tomou posse a 22 de Fevereiro, num Parlamento difícil que tem vindo a complicar a vida aos seus antecessores, provocando a queda dos últimos três Governos.

 

Para já Matteo Renzi conta com o apoio da chanceler alemã Angela Merkel, que, segundo a Bloomberg, lhe telefonou durante o fim-de-semana para lhe dar os parabéns e para lhe "desejar todos os sucessos nos seus programas de reforma", segundo revelou o seu porta-voz, Steffen Seibert. Renzi aceitou o convite de Merkel para visitar Berlim no próximo mês.

 

Renzi, recorde-se, era presidente da câmara de Florença, onde era conhecido como "o demolidor", devido à sua campanha para forçar mudanças profundas na política. No topo das suas prioridades à frente do Governo italiano está agora a aprovação de uma nova lei eleitoral, mas o novo primeiro-ministro tem defendido também mudanças constitucionais profundas, que poderiam passar pela própria extinção do Senado, a câmara alta do Parlamento Italiano.

 

Espera-se alguma continuidade nas políticas orçamentais do seu antecessor, Enrico Letta, que vinha a apostar num aumento da tributação sobre o trabalho e redução da despesa pública. 

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