Notícia
FMI elogia recuperação grega, mas deixa avisos aos "legados da crise"
São vários os elogios que o Fundo deixa à Grécia após mais uma missão de monitorização a Atenas. Contudo, os técnicos do FMI deixam avisos quanto aos "legados da crise".
Após o acordo alcançado na Grécia na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a missão a Atenas ao abrigo do artigo IV com rasgados elogios: "A Grécia vai sair da era do programa, tendo eliminado largamente os desequilíbrios macroeconómicos". O comunicado após a missão, divulgado esta sexta-feira, 29 de Junho, valoriza as medidas de alívio da dívida, mas recorda que os "legados da crise" vão continuar a pesar no país.
"A Grécia percorreu um longo caminho, mas ainda enfrenta vários desafios", começa por dizer o comunicado do Fundo. Por um lado, foram implementadas reformas "importantes", o crescimento económico regressou e a taxa de desemprego está a cair, ainda que continue "muito elevada" (20%).
Além disso, o pacote de alívio da dívida pública grega acordado no Eurogrupo de 22 de Junho "vai assegurar a sustentabilidade a médio-prazo".
Contudo, existem "legados da crise significativos" assim como várias reformas "incompletas" que continuarão a "dificultar" o crescimento económico a médio e longo prazo. A isto acresce uma imposição europeia dos excedentes primários que "limita" as opções políticas das autoridades gregas.
"A equipa [do FMI] está preocupada que, no entanto, esta melhoria nos indicadores da dívida só seja sustentável a longo prazo dentro de assumpções que parecem ser muito ambiciosas sobre o crescimento do PIB e sobre a capacidade da Grécia de ter grande excedentes orçamentais primários, sugerindo que isso poderá dificultar o acesso aos mercados a longo prazo sem um maior alívio da dívida", alerta o Fundo.
Para o FMI, é preciso continuar a reparar o sector financeiro, liberalizar o mercado de trabalho e reforçar a eficiência do sector público. A prioridade para os técnicos é que o "mix" de medidas de política orçamental seja favorável ao crescimento da economia.
Depois de crescer 1,4% em 2017, os técnicos do Fundo projectam subidas do PIB na ordem dos 2% em 2018 e 2,4% em 2019. A concretizar-se, a Grécia irá acelerar num período em que a Zona Euro deverá desacelerar.
Após o acordo no Eurogrupo, o Fundo aceitou participar no processo de vigilância pós-programa em parceria com as instituições europeias.
"A Grécia percorreu um longo caminho, mas ainda enfrenta vários desafios", começa por dizer o comunicado do Fundo. Por um lado, foram implementadas reformas "importantes", o crescimento económico regressou e a taxa de desemprego está a cair, ainda que continue "muito elevada" (20%).
Contudo, existem "legados da crise significativos" assim como várias reformas "incompletas" que continuarão a "dificultar" o crescimento económico a médio e longo prazo. A isto acresce uma imposição europeia dos excedentes primários que "limita" as opções políticas das autoridades gregas.
"A equipa [do FMI] está preocupada que, no entanto, esta melhoria nos indicadores da dívida só seja sustentável a longo prazo dentro de assumpções que parecem ser muito ambiciosas sobre o crescimento do PIB e sobre a capacidade da Grécia de ter grande excedentes orçamentais primários, sugerindo que isso poderá dificultar o acesso aos mercados a longo prazo sem um maior alívio da dívida", alerta o Fundo.
Para o FMI, é preciso continuar a reparar o sector financeiro, liberalizar o mercado de trabalho e reforçar a eficiência do sector público. A prioridade para os técnicos é que o "mix" de medidas de política orçamental seja favorável ao crescimento da economia.
Depois de crescer 1,4% em 2017, os técnicos do Fundo projectam subidas do PIB na ordem dos 2% em 2018 e 2,4% em 2019. A concretizar-se, a Grécia irá acelerar num período em que a Zona Euro deverá desacelerar.
Após o acordo no Eurogrupo, o Fundo aceitou participar no processo de vigilância pós-programa em parceria com as instituições europeias.