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Técnicos gregos estiveram em Lisboa no Ministério das Finanças

Centeno propôs, o ministro das Finanças grego aceitou e a ideia concretizou-se esta segunda-feira. O encontro teve como objectivo a partilha da experiência portuguesa pós-programa de ajustamento.

A reta final do terceiro resgate à Grécia já passa pelas mãos do novo presidente do Eurogrupo. Oito anos depois, os gregos conseguiram uma 'saída limpa', ainda que com uma almofada financeira que cobre as necessidades de dois anos e com a monitorização trimestral apertada da Comissão Europeia.
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Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 09 de Julho de 2018 às 19:52
Mário Centeno convidou. E o ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, aceitou, tal como o Negócios avançou em Maio. O encontro ocorreu esta segunda-feira e consistiu na partilha da experiência portuguesa pós-programa de ajustamento numa altura em que a Grécia prepara-se para sair do seu próprio programa a 20 de Agosto.

"O encontro de hoje permitiu partilhar a perspectiva nacional sobre as discussões políticas com as instituições multilaterais e aspectos práticos de organização das missões, num debate produtivo e transparente, que reforça a cooperação técnica entre os dois países", revela o Ministério das Finanças esta segunda-feira em comunicado enviado às redacções. 

No caso grego, a monitorização que será feita nas missões técnicas da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e do Fundo Monetário Internacional será mais apertada. Em Portugal essas análises são feitas de seis em seis meses, mas Atenas enfrentará uma monitorização trimestral.

Isto acontece porque Bruxelas decidiu accionar um instrumento de monitorização reforçada prevista no quadro europeu do 2-pack (pacote duplo) implementado em 2013. É a primeira vez que este mecanismo será activado e vai manter-se até a Grécia pagar, no mínimo, 75% da ajuda recebida, segundo as regras europeias. 

Foi no Eurogrupo de 22 de Junho que ficou acordado o fim do resgate à Grécia. Os ministros das Finanças europeus acordaram várias medidas, nomeadamente o alívio da dívida grega e o desembolsar de uma última tranche que servirá de almofada financeira para o período pós-programa. No entanto, o Governo grego continuará a ser vigiado de perto, principalmente no que toca à implementação das medidas de austeridade já acordadas e ao alcance dos objectivos orçamentais. 

O convite do presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças português tinha sido feito pessoalmente na reunião do Eurogrupo, a 27 de Abril, a Euclides Tsakalotos para que os técnicos gregos viessem a Portugal. Um mês depois, fonte oficial do ministro das Finanças grego revelou ao Negócios que a Grécia aceitou "de bom grado" a proposta.
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