Notícia
Alemanha bloqueia tranche de 15 mil milhões para a Grécia, mas há solução à vista
A Alemanha foi intransigente e não permitiu a libertação da última tranche para a Grécia porque o Governo decidiu manter o IVA mais baixo nas ilhas afectadas pela crise dos refugiados.
É uma mensagem de Berlim para Atenas. Uma das 88 medidas acordadas entre a Grécia e o Eurogrupo passava pelo aumento do IVA em Lesbos, Quios, Samos, Kos e Leros. Contudo, o Governo grego decidiu na semana passada manter o desconto de 30% no IVA nessas ilhas afectadas pela crise dos refugiados, o que não caiu bem junto da Alemanha. Ainda assim, há solução à vista pelo que a libertação da última tranche poderá acontecer antes de 20 de Agosto, o dia em que a Grécia deverá sair do programa.
Apesar da verba perdida ser pequena em comparação com o Orçamento grego, esta é uma forma dos alemães deixarem uma mensagem clara de que não querem desvios no período pós-programa face ao que está estabelecido. Em causa estão 28 milhões de euros de receita fiscal que criará um pequeno buraco no Orçamento de Estado, mas o ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, já está a preparar uma solução.
Tsakalotos garantiu no Eurogrupo desta quinta-feira que o desconto acabará no final deste ano, aumentando o IVA para os 24%. Até lá, o titular da pasta das Finanças comprometeu-se a criar poupanças orçamentais noutras áreas, nomeadamente na defesa, de 28 milhões de euros, justamente para compensar a perda de receita. Assim, "a situação orçamental não será mudada", concluiu Klaus Regling, o director-geral do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE/ESM), responsável pela libertação da tranche, na conferência de imprensa desta quinta-feira.
"Temos o compromisso das autoridades gregas de que a taxa de IVA será aumentada no final deste ano, por isso é um adiamento de seis meses", disse Regling, referindo que espera que a garantia dada por Tsakalotos seja suficiente para permitir o "sim" da Alemanha. Klaus Regling disse ainda que esperava que a tranche fosse libertada no início de Agosto, antes da saída oficial do programa de ajustamento.
Isso mesmo foi decidido na reunião desta sexta-feira do conselho de administração do Mecanismo. "Assim que os procedimentos nacionais estejam concluídos, o desembolso será executado bem antes do fim do programa do MEE", lê-se no comunicado que aprova, "em princípio", a libertação dos 15 mil milhões de euros.
A última tranche para a Grécia tem dois objectivos: 5,5 mil milhões destinam-se ao serviço da dívida pública grega (3,3 mil milhões serão para pagar parte da dívida de Atenas ao BCE e ao FMI) e os restantes 9,5 mil milhões serão utilizados para constituir uma almofada financeira que permita um regresso estável aos mercados financeiros.
Apesar da verba perdida ser pequena em comparação com o Orçamento grego, esta é uma forma dos alemães deixarem uma mensagem clara de que não querem desvios no período pós-programa face ao que está estabelecido. Em causa estão 28 milhões de euros de receita fiscal que criará um pequeno buraco no Orçamento de Estado, mas o ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, já está a preparar uma solução.
"Temos o compromisso das autoridades gregas de que a taxa de IVA será aumentada no final deste ano, por isso é um adiamento de seis meses", disse Regling, referindo que espera que a garantia dada por Tsakalotos seja suficiente para permitir o "sim" da Alemanha. Klaus Regling disse ainda que esperava que a tranche fosse libertada no início de Agosto, antes da saída oficial do programa de ajustamento.
Isso mesmo foi decidido na reunião desta sexta-feira do conselho de administração do Mecanismo. "Assim que os procedimentos nacionais estejam concluídos, o desembolso será executado bem antes do fim do programa do MEE", lê-se no comunicado que aprova, "em princípio", a libertação dos 15 mil milhões de euros.
A última tranche para a Grécia tem dois objectivos: 5,5 mil milhões destinam-se ao serviço da dívida pública grega (3,3 mil milhões serão para pagar parte da dívida de Atenas ao BCE e ao FMI) e os restantes 9,5 mil milhões serão utilizados para constituir uma almofada financeira que permita um regresso estável aos mercados financeiros.